.comment-link {margin-left:.6em;}

Pecado da Preguiça

From the flats and the maisonettes they're reminding us there's things to be done. But you and me, all we want to be is lazy. --- pecadodapreguica(arroba)gmail.com

Saturday, November 29, 2008

31



We're still cruisin' together, daddy...

Friday, November 28, 2008

A brigada da neve


3 minutos de magia aqui http://www.youtube.com/watch?v=JooYvAvqx08

You cool your bedwarm hands down
on the broken radiator
And when you lay them freezing on me
I mumble can you wake me later

But I don't really want you to stop
And you know it so it doesn't stop you
You run your hands from my neck
To my chest

Crack the shutters open wide
I want to bathe you in the light of day
And just watch you as the rays
Tangle up around your face and body

I could sit for hours
Finding new ways to be awed each minute
Cause the daylight seems to want you
Just as much as I want you

“Crack The Shutters” – Snow Patrol (em “A Hundred Million Suns”)

Wednesday, November 26, 2008

O regresso à Sala 114


Nove anos depois,voltei à faculdade. Não vou estudar. Pelo menos, para já. Dois antigos professores esbarraram comigo na rádio e lançaram-me o desafio de dizer umas coisas sobre o que faço. Depois do pânico, veio a vontade de fazer o que me pediram. Hoje foi o dia. Passaram nove anos desde a última vez que entrei na faculdade. Ao voltar, encontrei tudo diferente. Menos gente, paredes de outra cor e o átrio onde tantas vezes conversei com a Rita, a Cláudia e a Denise é agora uma sala de aula. Elas também não estavam lá mas hoje foram comigo na alma até ao bar. Chegou o momento da aula. Apresentei-me. Falei de mim e de como foi andar naquela universidade. Expliquei o que faço e percebi que é aquilo que eu sou. Abri-lhes o meu coração. Tudo ficou mais fácil. À tarde, fui à baixa de Lisboa fazer uma entrevista ao gerente do Martinho da Arcada com vista para o Tejo. A mesa do poeta lá está. Café, copo e um livro sobre ele. Diz-me o dono do restaurante que se puser lá uma obra de Pessoa, é sinal que vai “viajar”. Vai viajar dentro do bolso de alguém. No fim, um mini-lanche. Perguntei quanto era. O empregado disse que “não é nada”. Sorri. Sorri até casa. O Fernando Pessoa ofereceu-me um café e um pastel de nata. Tudo está melhor.

Tuesday, November 25, 2008

Falta de espaço para guardar sms?



Este rapaz encontrou a solução para eternizar as melhores mensagens de amor que recebeu. Bordou-as...


(doing good. Can't wait to hear all about it. you know that you're too good to be forgotten)


Mais aqui

Thursday, November 20, 2008

Mais logo...


... à noitinha na RTP1...


Francesca: Robert, please. You don't understand, no-one does. When a woman makes the choice to marry, to have children; in one way her life begins but in another way it stops. You build a life of details. You become a mother, a wife and you stop and stay steady so that your children can move. And when they leave they take your life of details with them. And then you're expected move again only you don't remember what moves you because no-one has asked in so long. Not even yourself. You never in your life think that love like this can happen to you.


Robert Kincaid: But now that you have it...


Francesca: I want to keep it forever. I want to love you the way I do now the rest of my life. Don't you understand... we'll lose it if we leave. I can't make an entire life disappear to start a new one. All I can do is try to hold onto to both. Help me. Help me not lose loving you.
("As Pontes de Madison County")

Wednesday, November 19, 2008

Caguei para a Bimby


Preferia de longe que me oferecessem este exemplar para me fazer a papinha todo o santo dia.

Chain reaction

Nunca tive pachorra para correntes. Tenho ideia de, com 10 ou 11 anos, ter enviado postais a seis pessoas com a promessa de que, galgados escassos dias, teria a minha caixa do correio repleta de cartas de gente fascinante de todo o mundo. Ora isso nunca aconteceu. Tal como nunca aconteceu ter tido um acidente letal com uma rebarbadora industrial ou um piano de cauda, como ameaçavam outras correntes que nunca me dei ao trabalho de continuar.
Não costumo ligar ao passa-a-outro-e-não-ao-mesmo dos blogs, até porque normalmente são coisas tão estimulantes como "você ganhou um selo dos Ursinhos Carinhosos para blog mais kiduxo deste mundinho cutchi-cutchi". Só que esta, relacionada com música, pareceu-me de facto gira. Tão gira, que ninguém a passou para mim. Mas eu quis fazer de qualquer maneira. Mesmo que isso signifique corromper as lógicas do cosmos e levar com o tal piano de cauda na minha avantajada testa. Cá vai:

1)colocar uma foto individual nossa.


2)escolher uma banda/artista.
Esta foi mais difícil do que calculei. Acabei por escolher os Blur, meus insistentes companheiros de adolescência numa altura em que o que era cool era gostar dos Oasis.

3)responder apenas com títulos de canções da banda/artista escolhido.
- És homem ou mulher? She´s So High

- Descreve-te: The Universal

- O que as pessoas acham de ti? Crazy Beat

- Como descreves o teu último relacionamento? No Distance Left To Run.

- Descreve o estado actual da tua relação. Tender.

- Onde querias estar agora? Strange News From Another Star

- O que pensas a respeito do amor? Girls And Boys

- Como é a tua vida? Trouble In The Message Center

- O que pedirias se pudesses ter só um desejo? Caramel.

- Escreve uma frase sábia: Modern Life Is Rubbish

(em tendo pachorra, sigam os links que há aqui músicas de um grau de "fixeza" do qual eu própria já não me lembrava)

4)escolher 4 pessoas que respondam ao desafio e avisá-las
Quem, como eu, quiser responder a isto mesmo que ninguém lhe peça.

Diz-me uma coisa...

Os teus pensamentos mágicos concretizam-se?

Monday, November 17, 2008

27.

Desde há escassos minutos para cá que sou candidata a entrar no Forever 27 Club. Tenho 364 dias para aprender a tocar guitarra e deixar de ter medo de seringas.

Sunday, November 16, 2008

Os meus últimos dias com 26 anos...

... foram passados a aprender muito sobre a vida. E pelo meio falou-se qualquer coisinha de guionismo, para disfarçar.



Robert McKee
. Thank you, sir.

----

Adenda: a Câmara Lenta fez o favor de colocar algumas pérolas do senhor no seu blog.

Friday, November 14, 2008

Asi fue


Hace un año!




Volveria hoy mismo.
(Lago Argentino - el Calafate. Argentina)

Thursday, November 13, 2008

Mais logo ... na RTP 1




Tessa: Take me to Africa with you.
Justin: What? Roll you up in a rug? Pack you in a tea chest?
(…)
Tessa: I'm serious.
Justin: Um, yeah, I can see you are. And in what-what capacity should I take you to Africa?
Tessa: I don't mind. You can take me as your mistress, lover, wife.
(...)
Tessa: Justin, please don't say that Sentence. Sorry. Sorry. I'm sorry.
I'm sorry. I'm sorry.
Justin: That's really-
Tessa: Just yes or no?
Justin: Well, we-we hardly know one another. I mean-
Tessa: You can learn me.
Justin: Learn you?
Tessa: Yes or no?

Tuesday, November 11, 2008

Não é à toa que este blog tem "preguiça" no nome

Se tenho um guião de 20 páginas ridiculamente atrasado para entregar ainda esta noite, porque raio é que estou a ver uma novela da TVI em que o Paulo Pires usa perucas dos chineses?

Monday, November 10, 2008

Os assassinos só se querem divertir (*)



The Killers, "Girls Just Wanna Have Fun" (original da maluca da Cindy Lauper)

(*)= ou "a quem é que eu tenho de dar mimo badalhoco para os Killers cá virem?"

PS - Brandon, obrigada por teres tirado o bigode. A menina não apreciava.

Depois das eleições americanas, de volta aos temas que realmente interessam



Os 30 segundos do novo anúncio da Popota mais parecem um daqueles sonhos bizarros que nos assolam quando, de regresso de uma noitada, se resolve comer uma sandezita de feijoada de chocos mesmo antes de ir para a cama. Tudo começa com a hipopotama cor-de-Barbie-quando-foge à porta de um concerto do Tony Carreira (hã?), onde a artiodáctila anfíbia engata um moço de capachinho da mesma espécie. Daí seguem para uma cena do "Pulp Fiction", filme para maiores de 16, de meados da década de 90, famoso por seringadas em overdoses e miolos empapando o banco traseiro de um carro. Partem depois para uma recriação do "Febre de Sábado À Noite" - mesmo que o público alvo desta campanha não faça ideia de que, em tempos, camisas com colarinho em bico era coisinha para lá de cool. Tudo descamba na cena final, decalcada da despedida do "Casablanca", esse épico que rivaliza com o "Toy Story" ou o "Shrek" nas predilecções da pequenada. Há ainda tempo para um Sudoeste nocturno, fazendo render mais um pouco da banda sonora claramente plagiada a uma das Pussycat Dolls desta vida. Ah, e pelo meio fica-se com a vaga ideia que é Natal ou Santo António ou Dia do Idoso ou lá o que é. Valha-nos a Leopoldina, que ao menos ainda não rapou as penas para recriar cenas do "Taxi Driver" enquanto ouve o best of dos Santa Maria.

----

Adenda: para quem nunca viu o anúncio, está aqui.

Friday, November 07, 2008

... das cartas

O senhor nunca há de ver esta carta, nem eu a hei de ver segunda vez porque estou tuberculosa, mas eu quero escrever-lhe ainda que o senhor o não saiba, porque se não escrevo abafo.

(…) Houve um dia que o senhor vinha para a oficina e um gato se pegou à pancada com um cão aqui defronte da janela, e todos estivemos a ver, e o senhor parou, ao pé do Manuel das Barbas, na esquina do barbeiro, e depois olhou para mim, para a janela, e viu-me a rir e riu também para mim, e essa foi a única vez que o senhor esteve a sós comigo, por assim dizer, que isso nunca poderia eu esperar.

(…) Passo todo o dia a ver ilustrações e revistas de modas que emprestam à minha mãe, e estou sempre a pensar noutra coisa, tanto que quando me perguntam como era aquela saia ou quem é que estava no retrato onde está a Rainha de Inglaterra, eu às vezes me envergonho de não saber, porque estive a ver coisas que não podem ser e que eu não posso deixar que me entrem na cabeça e me dêem alegria para eu depois ainda por cima ter vontade de chorar.


(Maria José – Fernando Pessoa in A Carta da Corcunda para o Serralheiro)

Wednesday, November 05, 2008

Beautiful politics

Tenho a mais profunda convicção de que a América não existe. Existem, isso sim, as Américas, tão plurais que podiam ter fronteiras entre elas com direito a carimbos no passaporte e garrafas de whisky no free shop. São dezenas de países cosidos num só, sempre orgulhoso mas raramente uno. Daí irritarem-me as generalizações que oiço constantemente. Verdade seja dita, os EUA prestam-se a isso, com a sua vontade incontrolável de estar sempre a andar de monociclo no centro da arena do circo mundial. Só que os europeus adoram acusar os americanos de burrice em relação ao mundo que os rodeia – mas também despejam muita ignorância e muita frase feita deste lado do lago atlântico.

Conheço várias pessoas que moram nos Estados Unidos. Todos eles foram hoje votar e daí seguiram para festas em casa de amigos. Festas. Por causa de uma eleição. Isso nunca aconteceria no meu país, tento explicar, tropeçando em argumentos que eu própria não percebo. Eu nunca vi uma fila para votar que desse a volta ao quarteirão. Porra, eu nunca esperei mais de três minutos para preencher o boletim numa escola às moscas. Nunca vi ninguém declarar com entusiasmo que nem vai dormir na noite das eleições. E a única pessoa que vi chorar foi o Pedro Granger quando o Santana perdeu as legislativas – o que não é uma imagem propriamente galvanizante.

Hoje, nos EUA, foi como uma passagem de ano e o Natal e a final do Euro tudo junto. Vezes cem. E o Barack Obama pode até vir a desiludir (é quase inevitável, dadas as altíssimas expectativas), mas neste momento milhões de pessoas acham que o mundo está um bocadinho melhor. Nem que seja só um milímetro. E é inspirador sentir que hoje se pode ser tão optimista até roçar a ingenuidade. Porque o cinismo constante não mata, mas mói. E não acreditar na mudança é atirar as luvas para o meio do ringue e ir antes buscar uma tosta de queijo.

Estou farta de pessoas que dizem que não ligam a política. Que não acompanham, que não tem nada a ver com elas, que “eles” não sabem o que é a vida do povinho. Acho isto a mais pura e atordoante ignorância. Pode-se não acreditar em partidos – mas não perceber que essa coisa da “política” é uma soma das partes (onde também estamos incluídos) é dormência. A política, na sua essência mais pura, somos nós. E quando não passa de um mecanismo partidário, é porque nós deixamos. Porque a História não é uma coisa sobre os reis de Portugal que se lê num manual do 8º ano: é a construção da vida de todos os dias. E quem não quiser pegar no seu tijolo, bem pode levar com um na testa.

(agora sim, vou dormir)

Dedicado aos United States Of A.



David Bowie, "Changes"

(e agora se calhar vou ver se durmo qualquer coisa, já sabendo que o mundo está um bocadinho melhor)

Tuesday, November 04, 2008

E porque hoje os americanos vão às urnas

Portugal e as presidenciais americanas

The Daily Show:


The Onion (atenção à última legenda):

Obama Undertakes Presidential Internship To Ease Concerns About His Lack Of Experience

Videos gamados sem dó nem piedade aqui.

Monday, November 03, 2008

Só para eu me lembrar quando daqui a uns tempos andar a vasculhar os arquivos do blog

Hoje tive um dia do caraças :)

Saturday, November 01, 2008


“I already forget how I used to feel about you”


Inesperado. Louco. Fantástico. As 7 maravilhas juntas e mais algumas. Azul. Laranja, vermelho, verde, lilás... arco-iris. Negro. Real. Ficção. Montanha-russa. Esquecer. Lembrar. Sentir. Não relembrar. Não querer sentir. Lembrar... para sempre. Seguir em frente.


Clementine: Joely? What if you stay this time?
Joel: I walked out the door. There's no memory left.
Clementine: Come back and make up a goodbye at least, let's pretend we had one... Goodbye, Joel.
Joel: ...I love you...
Clementine: ...Meet me in Montauk...