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Pecado da Preguiça

From the flats and the maisonettes they're reminding us there's things to be done. But you and me, all we want to be is lazy. --- pecadodapreguica(arroba)gmail.com

Thursday, January 31, 2008

dreaming of ...


... Chile



Quedas de água no lago Petrohué a caminho do Lago Todos os Santos.

...

A encantar(-me) desde 2003.

Wednesday, January 30, 2008

lesbian spanking inferno



Digam lá que eu não sou uma romântica incurável…

Nota: Para ver até ao fim

Música Para Ficar Acordada I



Prince, "Girls And Boys"

Tuesday, January 29, 2008

Diz-me tudo. Não me escondas nada ...



"Say"... da banda sonora do filme "The Bucket List".

Friday, January 25, 2008

Qualquer dia começo a bater palmas quando os aviões aterram




Quão bimba sou eu por estar a ver NY a ser arrasada no Cloverfield e dar por mim a guinchar "ai, a minha casa era ali, o monstro destruiu a minha casa"?

Wednesday, January 23, 2008

É impressão minha...






... ou os posters do "Dark Knight" ficaram ainda mais assustadores?

Heath Ledger


N: 4 Abril de 1979
M: 22 Janeiro 2008









Mais recordações aqui.

Tuesday, January 22, 2008

Ideias (quase) feitas sobre as mulheres

Retirado daqui

Se é gorda é porque é uma gorda; se é magra é porque é infeliz; se é solteira é porque tem mau feitio; se é casada é porque a família queria muito; se é divorciada cai o Carmo e a Trindade; se é infiel é porque se libertou do pai; se tem um filho é porque tem só um; se tem dois é porque a família queria muito; se tem três é porque não tem mais que fazer; se não tem filhos é porque é uma egoísta; se gosta de ler é porque não gosta de sexo; se gosta de sexo é só porque desde 2 de Fevereiro de 1922 que não se publica um livro decente; se gosta de escrever é porque quando tinha seis anos atirou uma pedra à cabeça de um menino e viu sangue e lágrimas pela primeira vez; se ri é porque está sempre a rir; se chora é porque é falsa; se é exuberante é porque é histriónica; se é burra é porque é bonita e a beleza precisa de dedicação; se é feia é porque é estúpida, dizia um grego velho; se tem vinte anos é uma adolescente; se tem trinta é balzaquiana; se tem quarenta, tem idade para ter juízo; se tem cinquenta está muito bem; se tem sessenta ninguém diria; se tem setenta parece que tem sessenta; se tem oitenta chama-se Agustina Bessa-Luís. Sobre os homens nunca há tanto a dizer.

Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 19-01-08.

Monday, January 21, 2008

"Toque toque" - Da Weasel

"Temos empatia, quem sabe se um dia …
… A nossa simetria não acaba em sinfonia"

Sunday, January 20, 2008

"Glory Days... "



Praia das Paredes, Nazaré, 19 de Janeiro, 2008

Começou assim um fim de semana com a mãe na terra. O regresso a casa fez-se no domingo com o sol na cara e ao volante do meu carro, que já está bem de saúde.

Friday, January 18, 2008

Happy Birthday!

;)

Thursday, January 17, 2008

A Dona Florinda

É impossível não dar pela presença da Dona Florinda, mesmo que ela ainda esteja a três salas de distância da nossa. Corpo robusto de mulher angolana, voz a condizer, pano colorido na cabeça, esfregona a andar a uma velocidade inversamente proporcional à da sua conversa ineterrupta. Não há quem escape à sua por vezes sufocante avalanche de simpatia, seja a vedeta nacional que veio para uma entrevista ou o funcionário novo que ela jura ser "igual ao Cláudio Ramos, mas mais bonito e sem lá aquelas coisas dele". É uma daquelas pessoas que coloca sempre a sua vida num livro aberto, mesmo que não haja em seu redor alguém com pachorra ou tempo para o ler.

Hoje disse-me que há uns poucos meses o marido deixou-a - e a Dona Florinda, sem perder tempo, estava já a preparar uma dose reforçada "dos comprimidos do médico da cabeça" para acabar de vez com o sofrimento. "Menina, eu até andava aí a chorar nos corredores, que o meu marido era daqueles que nem me batia nem nada". Assegura que o que a salvou foram os conselhos "das meninas jovens daqui da rádio", porque "a juventude é que sabe dar bons conselhos, os cotas só querem saber do trabalho e não ajudam nada. Se as meninas não me fizessem ver as outras coisas eu tinha-me matado, que a minha vida não é só empurrar uma esfregona". Prometeu que um dia ainda vai agradecer publicamente esses conselhos de "arranjar outro gajo". Publicamente? "Ah, eu tenho um programa lá na RTP África". E lá seguiu ela para limpar a casa-de-banho.

Wednesday, January 16, 2008

We may not be big, but we’re small

“Sam spent one morning following the water truck around the neighbourhood on his bike. He rode in the rainbow at the back of the truck – in the driver’s blind spot – enjoying the sweet iron smell of cold water on the pavement, the spray licking at his pedals.”

Stuart Mclean, “Home From The Vinyl Cafe”, em ‘Road Trip’

Tuesday, January 15, 2008

No último post falei de abóboras, por isso lembrei-me

Kate Nash, "Pumpkin Soup"

My Name Is Susana




As passagens de ano são alturas que geralmente me deixam deprimida. Parece que quanto melhor foi o ano que finda mais estupidamente supersticiosa eu fico, como se a mudança de calendário fosse significar o fim de algo bom. E 2007 foi um ano memorável em tantos aspectos que a transição para 2008 nunca poderia ser muito fácil – apesar de, verdade seja dita, nada tenha mudado depois das doze baladas e nada se tenha transformado subitamente numa abóbora para a sopa. Mas pronto, há que ter em conta que 2007 foi marcante – chiça, até foi o ano em que deixei de roer as unhas e de fazer bifes tártaros com os meus dedos. Apesar de às vezes ainda ter saudades do meu muito apetitoso polegar.

Tudo isto para dizer que, dada a minha aversão emocional a passagens de ano, já não tenho por hábito fazer resoluções. Depois de muitos anos a prometer a mim mesma que ia perder peso, lutar pela paz no mundo e parar de levar coisas do lixo para casa (tradição familiar, não perguntem), passei a ser mais realista e a fazer apenas uma resolução: decidir qual a viagem que quero fazer no ano. Em 2008 calhou a rifa ao Japão. Assunto arrumado. Ou assim pensei eu.

Dias depois de Janeiro ter arrancado já eu tinha feito o impensável. Eu não me limitei a fazer resoluções. Não, senhor. Eu escrevi-as numa folha A4 que anda sempre comigo, a ser riscada e emendada sempre que necessário. A ideia é a lista acompanhar-me o tempo que for necessário, com coisas a ser acrescentadas e retiradas. E, como lista que é, não tem nada de vago, metafórico ou utópico. É até ridiculamente simples. Tem espaço para tudo, desde “acabar o guião que comecei em NY” até “comprar uma máquina de lavar a roupa” ou “experimentar fazer tiro com arco”. É verdade: eu tenho uma folha não muito diferente da lista kármica do “My Name Is Earl” (detalhes aqui). Falta-me o bigode e a camisa de flanela. Mas essas duas coisas não estão na lista, por isso nada feito.

Saturday, January 12, 2008

de volta



Greg: You wanna have children?
Dharma: Yeah, unless you wanna have 'em!


(na SIC Mulher)

O meu Lancia e eu

Eu: Estou? É da assistência em viagem?
Ele: Sim...
(... apresentações e formalidades)
Eu: Estou com um problema no carro. Acho que é bateria. Foi a luz que me acendeu. Ía a andar e de repente, a luz acendeu e o carro desligou.
Ele: Ah! Isso deve ser transformador. quando a luz da bateria acende, deve ser transformador.

...

Este "..." corresponde a mim a reduzir-me à minha insignificância porque não percebo nada de mecânica ao mesmo tempo que me espanto com o atestado de estupidez que o senhor da assistência me passava estando eu ao telefone e ele num gabinete, muito provavelmente com os pés em cima da mesa e a espreitar o "Barba e Cabelo" d'A Bola.

O meu Lancia está de momento num hospital.

Friday, January 11, 2008

A caminho de casa

Quinta feira, 10 de Janeiro, já passa das seis da tarde e faltam 15 minutos para o próximo autocarro depois do motorista não me ter aberto a porta do 56 e ter fugido avenida de Berna fora. Com o frio de início de noite a bater-me na cara, decido ir a pé pelo eixo Praça de Espanha – Olaias. Custou-me um bocadinho a subir a João XXI mas cheguei a casa, quarenta minutos depois, com a mente desperta.

Os regressos são sempre o melhor de tudo.

Entro e prolongo o silêncio dacasa com um cd de Moby, companheiro de chegadas a casa dramáticas mas que nada têm a ver com tragédias gregas. Saio do banho que me queima a pele e a verdade ecoa pela sala.

“I slept in the sun the other day
I thought I was fine
Everything seemed perfect
'Til I had you on my mind

(…)

If I could kiss you now
Oh I'd kiss you now again and again
'Til I don't know where I begin
And where you end”

Wednesday, January 09, 2008

O café do Stuart


Graças a um bom amigo, encontrei-me na Amazon com este senhor: Stuart McLean. Ele tem um programa de rádio e é um contador de histórias. Para mim, é “o” contador de histórias. Ao longo dos últimos dois anos, conheci uma família de Toronto: os pais, Dave e Morley, e os filhos, Stephanie (a mais velha) e Sam. O pai vive o sonho concretizado de ter uma loja de discos de vinil na cidade, o Vinyl Café, depois de ter sido “roadie” de bandas rock nos anos 70. A mãe é uma produtora de teatro que tem tempo para cuidar da filha adolescente e de Sam, à beira da pré-adolescência. Apaixonei-me por eles quando o Dave alugou um quarto num hotel de cinco estrelas para cozinhar o perú de Natal; quando a Morley acordou com uma fita vermelha no pulso e a seguiu até à rua; quando a Stephanie surpreendeu os pais com uma prenda de natal tocante; quando o Sam estava a andar de bicicleta quase encostado à parte de trás do carro que limpa as ruas atrás de um arco-íris num dia Verão cheio de sol .

O programa de rádio chama-se “The Vinyl Café” e, para além das histórias, conta outras… umas escritas pelo próprio Stuart, outras de colaboradores e escritores amadores, e ainda histórias que são completamente inesperadas e captadas durante a emissão. Como a que ouvi no podcast que pode ser ouvido aqui .

Quando tentava falar com um vencedor de um passatempo, Stuart McLean engana-se no número e encontra do outro lado da linha Kyle Palmer de 15 anos. O animador de rádio perguntou-lhe se ele queria falar um bocadinho e o jovem alinhou. Em cinco minutos e com uma pergunta, Stuart McLean ficou a saber que do outro lado estava um rapaz triste com a separação dos pais provocada pelo súbito despedimento do pai… do pai e de mais 680 pessoas. Ele e a mãe iam ficar na casa onde ele cresceu enquanto o pai ía sair para outra cidade em busca de uma nova oportunidade. O Kyle nunca tinha ouvido o programa de Stuart McLean.

Stuart Mclean escutou-o com atenção e disse-lhe: “You know? It gets easier”.

Depois, trocaram e-mails e números de telefone e combinaram um encontro. Kyle respondeu: “That is sweet”. No Natal, os dois jantaram e, do alto dos seus quinze anos, o amigo imprevisto de McLean confessou-lhe que, apesar da distância do pai, “life is going pretty ok”.

Sunday, January 06, 2008

Sobre o peso da idade



Mais provas da minha velhice galopante:
- gastar a maioria das doze passas da Passagem de Ano a pedir desejos para outras pessoas (incluindo o temível "saudinha");
- ficar genuinamente contente por no Natal receber um guarda-tabuleiros (a sério, dá-me um jeito do caraças);
- andar a gastar o dinheiro que me deram no Natal em coisas como uma máquina de lavar roupa e até uma iogurteira;
- ter passado o dia da consoada e o de passagem de ano a cozinhar até me doerem as cruzes e chatear toda a gente com um persistente "come mais um bocadinho".

Salvam-me os factos de ter comprado um telemóvel verde-alface e cor-de-laranja e da minha sobrinha de dois anos gostar da minha casa porque "tem tantos brinquedos".

Oh querido, assim deixas-me toda assada!



Conan O´Brien com a barba de estimação que deixou crescer desde a Greve dos Argumenistas.

Friday, January 04, 2008

I think about the implications

Wednesday, January 02, 2008

Feliz ano novo