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Pecado da Preguiça

From the flats and the maisonettes they're reminding us there's things to be done. But you and me, all we want to be is lazy. --- pecadodapreguica(arroba)gmail.com

Wednesday, January 28, 2009

Can only make me stronger

Pronto, ao menos tentei

Não sou tida no meu grupo de amigos como uma criatura lamechas. Sou demasiado bruta, gozona, despachada, cínica, opinativa. A única pessoa com a qual eu fui lamechas qb nestes últimos anos ficava deveras incomodado com isso, sem perceber que permitir-lhe ver-me sem casca grossa era das maiores provas de confiança que eu lhe podia dar.
Os meus amigos mereciam agora que eu lhes escrevesse o post mais lamechas do mundo. Sobre os copos de vinho, os SMS, os jantares, as viagens, as massagens, o Messenger de Caps Lock ligado, as boleias, as grandes cargas de pachorra, as gargalhadas, as choradeiras já muito escassas, os apontamentos nos individuais de papel dos restaurantes, os GPS que não ajudam, os almoços que demoram horas e acabam com edificantes discussões sobre se as pilas dos velhos ganham rugas ou não.
Era agora que eu era lamechas. Mas quem me conhece de gingeira já não precisa. Já topa tudo nas meias palavras. Por isso, só digo: obrigadinha, bem hajam e curto-vos assim um bocadinho grande.

Isto é mais para tirar dali o Senhor Edgar, que já fez anos há uma catrefada de tempo

Porque é que na semana em que eu finalmente mexo o meu rabo banhudo e começo a ir ao ginásio chega à minha sala de trabalho uma tosteira? É que eu não tenho uma grande resistência à eliptica (ou lá como é que se chama aquele instrumento de moer infiéis na Inquisição), mas aguento muito bem meia dúzia de tostas de pão de leite com Nutella quentinha.

Tuesday, January 20, 2009

Edgar Allan Poe nasceu há 200 anos



"The Raven"

Written by Edgar Allen Poe

Performed by Vincent Price

Ver também a tradução para português, feita pelo Fernando Pessoa

Monday, January 19, 2009

Deixai vir a mim o lugar comum...



...mas que ao menos tem letra do Prince.

Friday, January 16, 2009

Hoje deveria ser o primeiro dia feliz do ano. Mais um aniversário, uma festa, uma ida ao teu restaurante favorito. Quererias marisco ou um bife? Deixavas-me beber um copo de vinho? Hoje poderia ser uma noite de sonho. Se calhar, tínhamos-te feito uma surpresa fim de semana adentro num qualquer recanto nacional. Só tu e a mãe. Ou a família toda. Já somos cinco. Fazes-me falta. Sabes? Desculpa não te ter falado antes de ontem no carro. Estava cansada. Estou triste com a tua ausência. Ontem pensei ligar para o voice mail do teu telefone para ouvir a tua voz. Ainda me lembro do número, mas o medo de ouvir outra pessoa ou uma máquina foi maior e por isso, não concretizei a vontade. Obrigada por me ouvires sempre. Sinto-te naquelas viagens de carro em que vais ao meu lado e ouves o que não posso dizer a mais ninguém, mesmo quando levanto o volume na esperança de que não saibas de algumas coisas. Mas tu sabes. Levas-me sempre em segurança a casa. Hoje preciso de ti mais do que o costume.

Thursday, January 15, 2009

Drive

Hoje fiquei aliviada por não ter carta de condução. Porque, se a tivesse, tinha pegado no carro e tinha conduzido até não reconhecer em que língua estavam as placas com as direcções. Tinha passado vermelhos e tinha espatifado o pára-choques. Tinha posto o auto rádio no máximo para depois o arrancar com fúria e o atirar pela janela fora. Tinha-me fartado do pneu a lamber o asfalto e tinha guinado o carro para a mata, para a valeta, para o quintal de um desconhecido. Tinha atropelado o senhor que diz adeus no Saldanha. Tinha pensado porque é que os limpa pára-brisas não me levam as lágrimas. Tinha batido em sinais, em pessoas e em muros. Muros quase tão rijos como os que me emparedam a cabeça. Tinha-me espatifado por fora. Assim, só me espatifei por dentro.

Monday, January 12, 2009

Sobre os Guilty Pleasures

Faço inteiramente minhas estas palavras.

Saturday, January 10, 2009

down under









I sing you to me

Friday, January 09, 2009

Bom fim de semana


Isto cura-me as neuras cá com uma pinta...

Thursday, January 08, 2009

Hoje, pela manhã...

... um café pingado e um clássico para aquecer cá dentro, onde só eu sei ...

Monday, January 05, 2009

Think before you drink before you drive me mad




Ninguém filma homens bonitos como o Guy Ritchie. E o filme é bom, já agora. Quase tão bom como os peitorais do Gerard "This Is Sparta" Butler.

Os Anjos



Quando uma das nossas melhores amigas nos pergunta "queres ir a Los Angeles comigo?", o que é que se diz? Que é uma loucura, que não se tem dinheiro, que não há dias de férias - mas que se vai à mesma.

Saturday, January 03, 2009

Eu já.


Eu já me deitei no chão do Louvre, na sala da Mona Lisa.
Eu já acendi uma fogueira com o meu gás intestinal.
Eu já fiz sexo no Castelo dos Mouros.
Eu já estive no palco do Coliseu do Porto.
Eu já bebi copos de vodka pura sem gelo de penalti.
Eu já estive numa floresta em chamas (e não, não está ligado com a parte do gás).
Eu já passei uma reunião de trabalho a trocar SMS altamente impróprios com alguém que estava sentado a meu lado.
Eu já roubei peças de carros durante a noite.
Eu já estive nos bastidores de todos os principais teatros de Lisboa.
Eu já entrei em directo na rádio dez segundos depois de acordar. Várias vezes.
Eu já passei três dias seguidos em pijama a ver o Lost.
Eu já tive uma arma apontada.
Eu já estive num spa de luxo em Tóquio.
Eu já entrei no cinema à socapa sem pagar.
Eu já escrevi posts que não eram mais do que recados camuflados.
Eu já fiz de tradutora para os Scorpions.
Eu já persegui o Tom Yorke quando ele estava a tentar ir à casa-de-banho.
Eu já tive a minha mão lida por uma bruxa.
Eu já adormeci durante um espectáculo da Broadway.
Eu já abracei desconhecidos no meio da rua.
Eu já conquistei um namorado oferecendo-lhe garfos gamados da cantina da escola.
Eu já fiz parapente num morro do Rio de Janeiro.
Eu já entrei em contas de e-mail que não eram minhas.
Eu já tive um taxista a pedir-me em casamento.
Eu já morei numa casa sem tecto.
Eu já vi um concerto no Algarve num dia e um em Paredes de Coura no dia seguinte.
Eu já bati num assaltante.
Eu já tive um romance em segredo. Tão segredo que não temos uma única foto juntos.
Eu já vi, ao vivo e a cores e a curta distância, a pila de um dos tipos do Jackass.
Eu já adormeci a minha sobrinha cantando-lhe Village People.
Eu já tive a PSP a arrombar-me a casa.
Eu já partilhei o almoço em Central Park com um senhor que disse que se chamava James Brown e que me assegurou que ia ser sempre o meu anjo da guarda.
Eu já tive um namorado a despir-se no meio da rua para me poder oferecer os boxers que tinha vestidos.
Eu já tentei fumar um charuto, apenas para acabar com a beata na boca.
Eu já passei fome em cidades estrangeiras para poder comprar DVDs.
Eu já estive numa catedral a ouvir um coro enquanto me batia uma moca de space cake.
Eu já tive um Monty Python a beijar-me a mão.
Eu já tive conversas de MSN que nunca poderão ser divulgadas. Mas que estão guardadas.
Eu já tive um mafioso a tentar pagar-me uma bebida em Chicago.
Eu já escrevi um livro para outra pessoa assinar como autora.
Eu já tive a minha afilhada de dez anos a pedir-me para me mudar para casa dela.
Eu já passei a noite num moinho abandonado.
Eu já consegui ter uma quase-conversa em japonês.
Eu já tive um espanhol bissexual a explicar-me como se faz um bom falácio.
Eu já comprei roupa interior nova só porque tinha toda a outra para lavar.
Eu já andei de carro de polícia.
Eu já fui expulsa de um karaoke.
Eu já fui vítima de uma idosa e do seu guarda-chuva assassino.
Eu já fui perseguida por veados.
Eu já desmarquei reuniões de trabalho para ir ter com a pessoa de quem gostava.
Eu já dei um pontapé na cadeira de um professor para o fazer cair.
Eu já levei uma pessoa a gastar 50 Euros de telemóvel por semana durante dois meses.
Eu já ouvi músicas das quais não admito gostar em repeat.
Eu já dancei em cima de uma mesa num casamento.

O vizinho, a mulher dele, o polícia e a conta de roaming



Estava eu muito descansadinha da vida a gastar nos saldos do Soho os dólares que tinha e que não tinha (muito obrigada, senhores do Millenium BCP, por continuarem a ser o pior banco de sempre), quando o meu telemóvel toca. Segundo o visor, estão a ligar-me de dentro da minha casa. Na qual só moro eu, que estou a milhares de quilómetros de distância, nesse subúrbio chamado Manhattan. Atendo e do outro lado uma voz grave explica-me em primeiro lugar que não se trata de uma brincadeira, mas de um assunto muito sério. Pelos vistos, era a PSP. E, pelos vistos, eu tinha sido dada como desaparecida. Enfim, fui uma Maddie durante alguns instantes, mas sem vídeos com fotos minhas ao som de Simple Minds a passar em loop na SIC. O meu soberbo vizinho de cima, ainda a remoer o facto de eu ter feito queixa dele por violência doméstica há uns meses atrás, aproveitou o facto de eu ter deixado propositadamente as luzes e rádios acesos na minha ausência (têm havido muitos assaltos na zona) para ligar para a polícia a dizer que estava a morrer de preocupação. Que não sabia nada de mim há dias, vejam lá o desgosto. Que achava que eu tinha caído no banho, que horror. Aliás, os quarentões toxicodependentes e bêbados que espancam mulheres são conhecidos por este lado solícito e fofinho. Resultado: a polícia partiu o vidro da minha casa-de-banho, entrou-me em casa, gamou-me rebuçados Flocos de Neve e ligou para toda a minha família. O assunto lá se resolveu, com dois agentes da polícia a arrancarem a minha irmã da cama e a pregar-lhe o cagaço de uma vida. Agentes esses que lhe asseguraram terem ficado muito entusiasmados com a minha extensa colecção de DVDs, assim como com o meu chefe/vizinho que foi lá dar uma ajuda (“sabe, estava lá um senhor da televisão”). Entre vidros, roamings e outros que tais, a brincadeira já me vai em 400 euros. E o meu vizinho? Não faço ideia, nunca mais o vi. Acham que ligue para a bófia?

"Então e essa passagem de ano?"



Foi Catita, obrigada.

I´m still alive