Pecado da Preguiça
From the flats and the maisonettes they're reminding us there's things to be done. But you and me, all we want to be is lazy. --- pecadodapreguica(arroba)gmail.com
Thursday, November 29, 2007
30
Ele: vamos dançar até aos 30?
Eu: Sim. Vamos!
Ele: O que queres dançar?
Eu: põe aquela música que tu gostas.
(ele abraça-me,pega-me na mão direita e pousa-a no peito. Eu consigo tocar a cara dele com a minha. A música começa e começamos a dançar. )
Ele: Parabéns filha!
Eu: Obrigada, pai!
Eu: Sim. Vamos!
Ele: O que queres dançar?
Eu: põe aquela música que tu gostas.
(ele abraça-me,pega-me na mão direita e pousa-a no peito. Eu consigo tocar a cara dele com a minha. A música começa e começamos a dançar. )
Ele: Parabéns filha!
Eu: Obrigada, pai!
Wednesday, November 28, 2007
Estou a fazer greve
Hoje, das 12h às 13h, os guionistas desligam o Word e largam as canetas para mostrar a sua solidariedade para com os grevistas dos EUA.
A explicação do porquê da greve dos argumentistas americanos aqui:
E aqui.
A explicação do porquê da greve dos argumentistas americanos aqui:
E aqui.
Tuesday, November 27, 2007
Pelo que me lembro do sítio, deve ter sido a ASAE
Soube há pouco que fechou este fim-de-semana um dos bares nos quais parava na minha adolescência suburbana. Foi talvez o primeiro sítio onde "saí à noite" (vulgo: ficar na rua com amigos até à hora do último comboio da linha de Sintra, lá para a estonteante uma da manhã). Foi o sítio onde o meu primeiro namorado me levou para oficializar a coisa perante os amigos, entre grunge ou punk muito alto e alguns encontrões. Na verdade, nunca gostei muito daquele bar, escuro, apertado e com o chão a pegar às solas dos ténis como se estivesse envolto naquele caramelo das maçãs-do-amor. Aliás, na altura que lá ia ainda nem sequer bebia - quanto muito fingia que dava um golos com gosto numa sangria excessivamente avinhaçada - mas vi muita gente rebolar no chão vítima de uns tubinhos de ensaio de plástico cheios de um Gold Strike repleto de pintinhas feitas de ouro e com um cheiro entranhante a canela. Sim, é verdade que nunca fui muito fã do "Augusto" e que não punha lá os pés há nem sei quantos anos. Mas apercebi-me hoje na hora do adeus definitivo que vou ter saudades daquele que foi durante anos um ponto de encontro que nem era preciso marcar. Apesar dos meus ténis apreciarem que eu agora me locomova em soalhos geralmente mais limpinhos.
Hey, teacher, leave them kids alone
Ontem comecei uma experiência nova: dar aulas. Para já não há mortos nem estropiados e ninguém abandonou o edifício lavado em lágrimas (eu incluída). Mas, pelo lado negativo, também ainda ninguém me ofereceu uma luzidia maçã vermelha para eu deixar na beirinha da minha mesa. Talvez amanhã.
Monday, November 26, 2007
Santiago, Chile – 7 de Novembro
O amor em forma de casa. Uma casa feita de amor. É assim que penso na Chascona (A Despenteada) – a casa de Pablo Neruda em Santiago do Chile. Aterrei há duas horas mas já estou a caminho do Bairro da Belavista. A Chascona é a casa que Pablo Neruda construiu para Matilde, amada, amante numero três. Foi a última musa do poeta. A pequena casa inspirada nos barcos que levaram Neruda a outros mundos é a primeira grande emoção da viagem. Tão pequena e tão cheia de histórias para contar, histórias de amor escondido, amor às claras, amizade, guerra e morte. Em tempos, os Andes serviram-lhe de moldura. Os desígnios da civilização criaram o smog, a poluição e o barulho. Depois de tanto amor edificado, desço pelo bairro boémio da Bellavista. A colorida e divertida Bellavista que combina com o Neruda excêntrico e sempre animado. A cada porta, um bar ou um restaurante onde apetece sentar e ficar debaixo do abraço de San Cristobal bem no alto do monte da cidade.
“Te recuerdo como eras en el ultimo outono. Eras la boina gris y el corazon en calma. En tu ojos peleaban las llamas dês crepúsculo y las hojas caían en el água de tu alma”.
(lido num livro de rascunhos de Pablo Neruda na Chascona; na imagem, as cadeiras onde Neruda e Matilde se sentavam no pátio)
Friday, November 23, 2007
Hoje é um daqueles dias em que eu preferia estar fechadinha num frasco de formol à espera que o tempo passe
No escuro da mina
The glass is cut
The bottle run dry
Our love runs cold
In the caverns of the night
We're wounded by fear
Injured in doubt
I can lose myself
You I can't live without
You keep me holding on
In Red Hill Town
See the lights go down on
I'm hanging on
You're all that's left to hold on to
I'm still waiting
Hanging on
You're all that's left to hold on to
On to...
“Red Hill Mining” – U2 (in “Joshua Tree” e vistos por Neil Jordan – a redescobrir 20 anos depois)
Wednesday, November 21, 2007
Tuesday, November 20, 2007
Stick 'Em Up
A recente panca tuga com assaltos a dependências bancárias fez-me lembrar um dos meus filmes preferidos de sempre:
Dog Day Afternoon, filme de 1975 altamente recomendável. Baseado em factos reais.
Dog Day Afternoon, filme de 1975 altamente recomendável. Baseado em factos reais.
Monday, November 19, 2007
Friday, November 16, 2007
You Don´t Need This Disease
Os meus últimos momentos com 25 anos serão passados na companhia desta malta assim vagamente a atirar para o depressivo:
Vá, perguntem-me lá outra vez porque é que eu gosto tanto dos ingleses
Porque têm a auto-ironia para fazerem pérolas como esta:
Já não nos bastava estarmos a ficar sem aficionados do cavaquinho
Sabemos que as grandes tradições nacionais se estão a perder quando estamos num avião que aterra na Portela e nenhum dos passageiros desata a bater palmas.
Thursday, November 08, 2007
Sabemos que estamos feitos uns velhos decrépitos quando:
passamos por um cartaz de anuncia uma festa retro chamada Back to 95.
Monday, November 05, 2007
A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou, P'ra outro mundo!
Bom, para outro hemisfério. Patagónia, aqui vou eu em busca de paraísos em vales, poetas apaixonados, terras de fogo quentes como abraços e glaciares frios que marcam a quente a recordação.
Procuro revolucionários acidentais, amores que se dançam e se sonham. De Santiago no Chile a Buenos Aires na Argentina são 22 dias.
Até já
Bom, para outro hemisfério. Patagónia, aqui vou eu em busca de paraísos em vales, poetas apaixonados, terras de fogo quentes como abraços e glaciares frios que marcam a quente a recordação.
Procuro revolucionários acidentais, amores que se dançam e se sonham. De Santiago no Chile a Buenos Aires na Argentina são 22 dias.
Até já
Friday, November 02, 2007
visto por aí....
“adoro a forma como me fazes sentir. adoro quando me abraças e quando me "procuras" a pele. adoro ver a curva do teu pescoço.”
London calling to the faraway towns
Durante toda a próxima semana passarei os meus dias trancada numa igreja. Não, não é nem um chamento divino nem mais uma ideia pioneira para um reallity show da TVI. Trata-se de uma escola de cinema em Londres que funciona numa antiga igreja com pinta de quase catedral. Do workshop que vou fazer sairá, assim o espero, algo que me vai possibilitar cumprir uma das minhas resoluções para 2008. Resolução essa que tem muito mais piada (e probabilidade de ser cumprida) do que os clássicos"vou perder peso e parar de implicar com os velhos na fila para o passe da Carris".