A Walk In The Park
Fui testemunha ocular dos seguintes acontecimentos nos diversos parques de NY:
- Um ursinho de peluche, sem um olho mas com um lenço bem apertado para colmatar a sua invalidez, espera que quem o esqueceu o venha buscar. Está sentado no banco com toda a calma pachorrenta do mundo, certo que quem se deu ao trabalho de lhe fazer tão dedicada “pala” já deve ter dado pela sua falta e vir a caminho;
- Uma banda de jazz chega todos os dias à mesma hora ao parque e fica perto de uma hora a tocar com uma mestria e felicidade inegáveis. No final, pedem a quem os esteve a ouvir para dar um dólar, porque gostavam de fazer uma digressão: querem ir tocar a um parque na Califórnia;
- Uma zona do parque está reservada aos jogadores de xadrez, que convidam quem passa a juntar-se a eles. Ao contrário do estereótipo que se possa supor, muitos deles acham-se uns engatatões. Perante a minha recusa em ir jogar com ele, um dos sujeitos pergunta-me prontamente “então e jantar?”;
- Um velho com a pele carcomida pelo sol pede a atenção dos presentes para o seu peditório. O destino do dinheiro é muito simples: ele quer ser presidente dos Estados Unidos em 2008 e precisa de fundos. A sua primeira medida – depois da mais que certa eleição – é voltar a instaurar a segregação racial. Vão ser 25 estados para cada lado, metade para os “civilizados” e metade para os “indesejados”;
- Um rapaz, com um joelho no chão e uma caixinha de veludo vermelha como manda a lei, pede uma rapariga em casamento. Ela não chora. Parva!;
- Um sem-abrigo insiste em querer vender-me os seus sapatos, provavelmente a última coisa que tem. Perante o meu olhar confuso, ele soluciona prontamente: “A si talvez não sirvam, mas pode sempre oferecê-los a um vizinho;
- Dois tipos aproveitam a tarde de Sábado para fazer lutas à Guerra das Estrelas. Com sabres. E roupas a rigor.
- Um ursinho de peluche, sem um olho mas com um lenço bem apertado para colmatar a sua invalidez, espera que quem o esqueceu o venha buscar. Está sentado no banco com toda a calma pachorrenta do mundo, certo que quem se deu ao trabalho de lhe fazer tão dedicada “pala” já deve ter dado pela sua falta e vir a caminho;
- Uma banda de jazz chega todos os dias à mesma hora ao parque e fica perto de uma hora a tocar com uma mestria e felicidade inegáveis. No final, pedem a quem os esteve a ouvir para dar um dólar, porque gostavam de fazer uma digressão: querem ir tocar a um parque na Califórnia;
- Uma zona do parque está reservada aos jogadores de xadrez, que convidam quem passa a juntar-se a eles. Ao contrário do estereótipo que se possa supor, muitos deles acham-se uns engatatões. Perante a minha recusa em ir jogar com ele, um dos sujeitos pergunta-me prontamente “então e jantar?”;
- Um velho com a pele carcomida pelo sol pede a atenção dos presentes para o seu peditório. O destino do dinheiro é muito simples: ele quer ser presidente dos Estados Unidos em 2008 e precisa de fundos. A sua primeira medida – depois da mais que certa eleição – é voltar a instaurar a segregação racial. Vão ser 25 estados para cada lado, metade para os “civilizados” e metade para os “indesejados”;
- Um rapaz, com um joelho no chão e uma caixinha de veludo vermelha como manda a lei, pede uma rapariga em casamento. Ela não chora. Parva!;
- Um sem-abrigo insiste em querer vender-me os seus sapatos, provavelmente a última coisa que tem. Perante o meu olhar confuso, ele soluciona prontamente: “A si talvez não sirvam, mas pode sempre oferecê-los a um vizinho;
- Dois tipos aproveitam a tarde de Sábado para fazer lutas à Guerra das Estrelas. Com sabres. E roupas a rigor.
5 Comments:
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acho que estas histórias davam um bom filme.
Estes posts deixam-me comovida.
Estás no coração do mundo, mulher!...
: )
Susana provocando enfartes nas principais artérias de N.Y. ;)
NYC é isso mesmo, estou a adorar ver a minha cidade do coração através dos teus posts. Cada linha respira Nova Iorque.
Keep writing, keep living.
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