O Gonçalo
Os desígnios da arquitectura moderna permitem que tenha um novo afilhado sem nunca o ter visto. Bom, tecnicamente já lhe vi as pernitas um dia em que fui ao terraço e ele estava no quarto dos pais a desajudar a mãe a arrumar qualquer coisa. Entretanto nasceu-lhe um irmão. Pelo choro não sei dizer se menino ou menina. Posso não lhe ter visto a cara, mas a voz sei-a de cor já que o quarto dele é contíguo ao meu e sei também que é um reguila. Quer dizer, pela forma como às vezes os pais gritam lá em casa, ele É um mini-terrorista. Vou para sempre recordar a voz daquele miudo num dia em que estava a jogar à bola em casa. A mãe avisou-o para ele ter cuidado senão tirava-lhe o brinquedo. Pouco depois, qualquer coisa caiu ao chão assim como se lhe tivessem atirado uma bola. Antes que a fúria da mãe tomasse forma, ouvimos o Gonçalo: “Oh Mãe, fui eu que bati nisto. Não foi a bola. Fui eu e foi sem querer!”. Ontem, tentei dormir a sesta para enganar o relógio com uma nova hora. Meia hora passou-se bem, a outra nem por isso. Inspirado pelo jogo da noite anterior, ou talvez não, o Gonçalo decidiu testar a pontaria aos penaltys contra a parede que partilha comigo ao mesmo tempo que fazia o relato. Nestes momentos lembro-me da voz doce do meu vizinho numa noite de calor enquanto chamava pelos pais de tanta sede que tinha. Para este reguila ocupar o meu coração de vez, só me falta saber se ele é do Benfica.
2 Comments:
grd gonçalo!!!!
mas devia ser do sporting q se dá desculpas c tta classe, só pode ser nativo de alvalade! ;)
então e pa quando noticias da tua afilhada?
Post a Comment
<< Home