...
Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
Eugénio de Andrade
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
Eugénio de Andrade
3 Comments:
BRUTAL!
Traz sal à língua o poema,não é???
Gosto muito de Eugenio de Andrade!
beijo grd!
Oi!
Bem já visitei este blog algumas vezes mas nunca decidi comentar! Mas hoje achei que merecia. Um poema muito bonito, aliás Eugénio de Andradre para mim é fantástico! Parabéns pela escolha...e pelo blog.
Beijokas***
Não sou muito dada à poesia, confesso, mas há uns dias deparei-me com alguns poemas de Eugénio de Andrade e houve ali qualquer coisa que mexeu cá dentro. Este foi um deles. É que até arrepia!
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