Materialismo à flor da pele
Há coisas sem as quais não sei viver. Não me servem de muito no dia-a-dia e algumas até têm utilidade zero. Dizem que sou doente, mas não sei viver sem a ideia de que os meus livros de Harry Potter estão comigo, que posso ouvir os cd’s de Leonard Cohen sempre que quero, que alguns dos meus bonecos de peluche (apesar de empacotados) estão comigo, o porta-chaves “Mr. T” está à mão e não há dia em que deixe o meu relógio em casa. Recentemente, dei comigo a andar inquieta por causa de um cd que, misteriosamente, tinha desaparecido de vista. “Apontamento” de Margarida Pinto. Andei cerca de dois meses à procura e nada. Mudei de casa e nem nas arrumações o encontrei. Até que, o meu providencial irmão me disse: “Encontrei! Estava num envelope”. Tentei ficar imóvel e esboçar um neutro “Boa!”, mas em vão. As palavras que proferi sem vergonha da felicidade que sentia por recuperar este cd foram: “Ai sim! Então traz-me já isso, não te esqueças! Traz-me isso e o teu NIB”. Bom, não lhe paguei nenhuma recompensa mas estou a dever-lhe dinheiro. (Pouco, mas devo.) Nessa noite, ouvi o cd de uma vez só para me lembrar que mesmo quando me apetece estar sozinha, quero estar na companhia da Margarida.
1 Comments:
É um disco fixe. Valeu a pena a procura, com certeza.
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