Para acabar de vez com o S. Valentim
O dia de hoje é um daqueles que me causa urticária da pior espécie. O Natal pode ser deprimente. O Carnaval pode ser irritante. Mas o Dia dos Namorados é pura e simplesmente estúpido.
Esta reacção não é, ao contrário do que possa parecer, ressabianço. Não gosto do Dia de S. Valentim tenha ou não cara-metade durante essas 24 horas por ano. Recusei ir hoje a um jantar só de solteiros (tristemente autoproclamado como o “jantar dos encalhados”) porque prefiro ignorar que o dia existe. Os namorados que já tive sabem que é proibido sequer tentar comemorar a data. Não tenho pachorra para os animais de peluche, para os cartões lamechas, para as montras pindéricas (já reparam que por volta do Dia dos Namorados todas as lojas sem excepção se enchem de corações, independentemente daquilo que vendam? Juro que já vi desde ferros de engomar a remédios para a celulite devidamente enfeitados).
No meu primeiro Dia dos Namorados com um dito “namorado a sério”, tentei passar por cima desta minha aversão. Queres comemorar o Dia de S. Valentim? Então, ‘bora lá. Fomos para Sintra. Até aí tudo bem. O pior foi quando ele (vou manter o anonimato por causa da dignidade do simpático rapaz em causa) me ofereceu a prenda: um pavoroso pedaço de acrílico redondo com brilhantes histéricos e um coração com a palavra “Love” lutando para chegar à tona de um líquido viscoso azul-turquesa. “É para pores as tuas canetas”, disse com um ar orgulhoso. “Gostas?”. Foi provavelmente a prenda mais horrorosa que já recebi na vida, mas sorri e respondi-lhe: “Sim, muito.”
E foi assim que eu aprendi o poder da mentira piedosa. Em pleno Dia dos Namorados.
Esta reacção não é, ao contrário do que possa parecer, ressabianço. Não gosto do Dia de S. Valentim tenha ou não cara-metade durante essas 24 horas por ano. Recusei ir hoje a um jantar só de solteiros (tristemente autoproclamado como o “jantar dos encalhados”) porque prefiro ignorar que o dia existe. Os namorados que já tive sabem que é proibido sequer tentar comemorar a data. Não tenho pachorra para os animais de peluche, para os cartões lamechas, para as montras pindéricas (já reparam que por volta do Dia dos Namorados todas as lojas sem excepção se enchem de corações, independentemente daquilo que vendam? Juro que já vi desde ferros de engomar a remédios para a celulite devidamente enfeitados).
No meu primeiro Dia dos Namorados com um dito “namorado a sério”, tentei passar por cima desta minha aversão. Queres comemorar o Dia de S. Valentim? Então, ‘bora lá. Fomos para Sintra. Até aí tudo bem. O pior foi quando ele (vou manter o anonimato por causa da dignidade do simpático rapaz em causa) me ofereceu a prenda: um pavoroso pedaço de acrílico redondo com brilhantes histéricos e um coração com a palavra “Love” lutando para chegar à tona de um líquido viscoso azul-turquesa. “É para pores as tuas canetas”, disse com um ar orgulhoso. “Gostas?”. Foi provavelmente a prenda mais horrorosa que já recebi na vida, mas sorri e respondi-lhe: “Sim, muito.”
E foi assim que eu aprendi o poder da mentira piedosa. Em pleno Dia dos Namorados.
1 Comments:
Tu és muita pirosa Susana Romana...e ainda por cima mentirosa, coitado do rapaz, que culpa é k ele tem que tu sejas uma gaja dificil de satisfazer!!! Quanto ao dia dos namorados digo-te porque o encaro de maneira diferente. Foi nesse dia (por pura coicidencia...)que encontrei o homem da minha vida (sim porque eles existem...tens é que olhar em teu redor)fez este Saõ Valentim precisamente 5 anitos... e como estou aqui tao longe..confesso que este dia foi... sei la´...foi...
De qualquer maneira menina Susana em relação às montras não podia estar mais de acordo ctg. Asadas.
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