Something for the weekend
Agora que mais um fim-de-semana está à porta (e tendo em conta que este será passado, basicamente, a fritar os olhinhos em frente ao laptop), achei por bem fazer uma sinopse do meu fds passado, quando ainda era uma pessoa com algum tempo para regabofes:
Sexta-feira: fui assistir a um concerto do Toy no Grémio Lisbonense, onde o artista deveria cantar músicas de Zeca Afonso como modo de protesto por quererem fechar aquele espaço cultural. Foi tão ou mais bizarro do que se previa. Zeca houve pouco. Mas houve uma bonita homenagem "a um senhor que não sei se conhecem, o Fréd Mércuri", uma versão do You Are So Beutiful dedicada a uma freak daquelas que devem ter trinta espécies diferentes de bicho carunjoso só no cabelo (sendo que esta cantiga a meio sofreu uma mutação: " e agora o Joe Cocker engasgava-se e vinha o Tóni de Matos. Tu és tãooooo LINDAAAAAAAAAA pra mim...") e ainda um verdadeiro mash up dos temas "Wish You Were Here" e "Maria Faia". Pelo meio, houve tempo para falar umas oito vezes do divórcio, disparar para o ar como quem não quer a coisa "já me arranjavam qualquer coisinha para fumar" e alertar os jovens para os perigos da imprensa moderna. E lá se despediu, explicando que tinha de se ir embora porque no dia seguinte tinha três espectáculos muito importantes - um para crianças "com trisomia infantil", outro para "senhoras que ficaram sem mamocas por causa do câncaro" e um terceiro para um senhor que precisava de uma cadeira de rodas.
Sábado: jantar num restaurante em Cascais onde se lê o tarot. E antes que façam o comentário que toda a gente faz: não, ela não nos lança as cartas para cima do bife cheio de molhanga. Eu sou uma criatura céptica e até, vá, uma beca cínica. Mas o raio da bruxa acertou em tudo. Tuuudo. E com grande detalhe e sem eu abrir a boca. Enfim, ser uma cínica continua a ter mais piada mas tenho de admitir que me deixou a pensar bastante. E pensei com tanto afinco que fui de enconta um gigantesco castiçal que estava ao lado da mesa da bruxa. Houve velas em chamas a voar e litradas de cera em cima de mim. Bonito de se ver.
Domingo: fomos ver o Sweeney Todd, o musical que está em cena no Teatro Aberto. Recomendo, até a quem (como eu!) não vai à bola com musicais. É que este, além de estar muito bem feito, tem assassinos e sangue e morbidez a rodos. O que é, digo eu, bem mais interessante do que ver pessoas vestidas de gatos a roçarem-se em pneus.
Sexta-feira: fui assistir a um concerto do Toy no Grémio Lisbonense, onde o artista deveria cantar músicas de Zeca Afonso como modo de protesto por quererem fechar aquele espaço cultural. Foi tão ou mais bizarro do que se previa. Zeca houve pouco. Mas houve uma bonita homenagem "a um senhor que não sei se conhecem, o Fréd Mércuri", uma versão do You Are So Beutiful dedicada a uma freak daquelas que devem ter trinta espécies diferentes de bicho carunjoso só no cabelo (sendo que esta cantiga a meio sofreu uma mutação: " e agora o Joe Cocker engasgava-se e vinha o Tóni de Matos. Tu és tãooooo LINDAAAAAAAAAA pra mim...") e ainda um verdadeiro mash up dos temas "Wish You Were Here" e "Maria Faia". Pelo meio, houve tempo para falar umas oito vezes do divórcio, disparar para o ar como quem não quer a coisa "já me arranjavam qualquer coisinha para fumar" e alertar os jovens para os perigos da imprensa moderna. E lá se despediu, explicando que tinha de se ir embora porque no dia seguinte tinha três espectáculos muito importantes - um para crianças "com trisomia infantil", outro para "senhoras que ficaram sem mamocas por causa do câncaro" e um terceiro para um senhor que precisava de uma cadeira de rodas.
Sábado: jantar num restaurante em Cascais onde se lê o tarot. E antes que façam o comentário que toda a gente faz: não, ela não nos lança as cartas para cima do bife cheio de molhanga. Eu sou uma criatura céptica e até, vá, uma beca cínica. Mas o raio da bruxa acertou em tudo. Tuuudo. E com grande detalhe e sem eu abrir a boca. Enfim, ser uma cínica continua a ter mais piada mas tenho de admitir que me deixou a pensar bastante. E pensei com tanto afinco que fui de enconta um gigantesco castiçal que estava ao lado da mesa da bruxa. Houve velas em chamas a voar e litradas de cera em cima de mim. Bonito de se ver.
Domingo: fomos ver o Sweeney Todd, o musical que está em cena no Teatro Aberto. Recomendo, até a quem (como eu!) não vai à bola com musicais. É que este, além de estar muito bem feito, tem assassinos e sangue e morbidez a rodos. O que é, digo eu, bem mais interessante do que ver pessoas vestidas de gatos a roçarem-se em pneus.
4 Comments:
E podemos saber o nome e localização do restaurante ?
Face ao episódio da cera parece-me interessante.
Obrigada.
Cá vai:
http://www.lifecooler.iol.pt/edicoes/lifecooler/desenvReg.asp?reg=393082
E eu (emocionada, violinos tocando) estava presente em todas essas alturas da tua vida.
Quando estivermos no leito da morte, lembrarmo-nos-emos desses belos momentos a ouvir Toy ou a cantarolar como o barbeiro que cortava as goelas dos londrinos.
Ohhhhhhhhh (mãozinhas, mãozinhas).
Caraças, 'lembrar-nos-emos'.
Armada em esperta, é o que dá :)
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