Eládio, encosta a tua cabeça no meu ombro e chora

Eu cresci com este homem. Foi ele quem me pôs a fazer figura de ursa no meio da sala por querer - mais do que tudo na vida- que Celorico de Basto ganhasse os Jogos Sem Fronteiras em directo de Maussane les Alpilles. Ele é quase um membro da família, um daqueles tios que só se encontro na Páscoa de dez em dez anos e que me tratam pelo nome da minha irmã.
Ontem, o mundo deste homem desabou. A realidade, tal como ele (e só ele) a conhece, deixou de fazer sentido. Tudo porque ontem o festival da Eurovisão descolou bruscamente dos anos 70 e foi parar a um futuro pós-apocaliptico, cortesia de uma banda heavy finlandesa. Houve sofrimento no coração e na permanente do meu tio Eládio, altamente confundido por aqueles "monstrinhos". Espero que ele recupere. Foi um rude golpe.

Nota: Eládios à parte, fiquei fã dos Lordi e do seu melting pot de Iron Maiden, Slipknot e Rammstein (mas em deliciosamente mau). Para saberem tudo sobre a banda finlandesa, aconselho vivamente a completíssima visita guiada do Phil, espalhada por vários posts do Salvo Erro.