A Carolina
Estava calmamente em casa quando toca o meu telemóvel. Do outro lado, a minha mãe irritada cuspia amargamente “tens de cá vir buscar a tua filha, que isto não pode ser assim”. “Hum, mas eu tenho uma filha?”, admirei-me. “Não sejas parva. Claro que tens uma filha. Já te fiquei com a tua gata Pimenta, não te fico com a filha também, não julgues! É uma responsabilidade tua, minha menina. Vou aí deixa-la a tua casa agora”.
Momentos depois, tenho uma bebé de uns três ou quatro meses nos braços, vestidinha de cor-de-rosa. Claramente, não lhe sei pegar. Agarro-a pelos sovaquinhos minúsculos e estico os meus braços, olhando para ela de uma ponta a outra. A criança nunca chora, como se estivesse muito habituada a mim. Ligo à minha mãe. “Estou? Olha lá, como é que a bebé se chama?”. “Estás parva? A filha é tua, tu é que tens de lhe dar nome”. Após alguns segundos de reflexão, encolho os ombros e digo: “Pá, fica Carolina. Não sei se é o melhor nome, mas serve”.
Sigo para o emprego, onde me garantem que sim, eu estive grávida e dei à luz uma menina. Penso cá para comigo “ora bolas, eu até acho piada a bebés, mas não era agora. Vou ter de desmarcar as jantaradas que tinha esta semana. E o workshop que eu queria tirar? Já não vou ter tempo. E já não posso comprar tantos DVDs”.
Volto a ligar à minha mãe. “Tens a certeza que não podes ficar com a... (hesito, puxando pelos neurónios) A Carolina! É esse o nome dela! Não pode ficar com ela mais uns tempos? É que agora não me dá jeito”.
E a minha mãe insiste: “Fiquei com a gata quando saíste de casa e já foi muito. Com a bebé ficas tu”.
“E se eu for aí buscar a Pimenta? Não me importo nada”.
Acordei com o alarme do carro do vizinho a tocar lá fora.
Momentos depois, tenho uma bebé de uns três ou quatro meses nos braços, vestidinha de cor-de-rosa. Claramente, não lhe sei pegar. Agarro-a pelos sovaquinhos minúsculos e estico os meus braços, olhando para ela de uma ponta a outra. A criança nunca chora, como se estivesse muito habituada a mim. Ligo à minha mãe. “Estou? Olha lá, como é que a bebé se chama?”. “Estás parva? A filha é tua, tu é que tens de lhe dar nome”. Após alguns segundos de reflexão, encolho os ombros e digo: “Pá, fica Carolina. Não sei se é o melhor nome, mas serve”.
Sigo para o emprego, onde me garantem que sim, eu estive grávida e dei à luz uma menina. Penso cá para comigo “ora bolas, eu até acho piada a bebés, mas não era agora. Vou ter de desmarcar as jantaradas que tinha esta semana. E o workshop que eu queria tirar? Já não vou ter tempo. E já não posso comprar tantos DVDs”.
Volto a ligar à minha mãe. “Tens a certeza que não podes ficar com a... (hesito, puxando pelos neurónios) A Carolina! É esse o nome dela! Não pode ficar com ela mais uns tempos? É que agora não me dá jeito”.
E a minha mãe insiste: “Fiquei com a gata quando saíste de casa e já foi muito. Com a bebé ficas tu”.
“E se eu for aí buscar a Pimenta? Não me importo nada”.
Acordei com o alarme do carro do vizinho a tocar lá fora.
4 Comments:
Bolas....!
Os sonhos são tramados… afinal parece que workshops, dvd's e jantares já não são o teu maior desejo…
Mas eu gosto mais de Margarida.
Epá, eu queria uma assim, sem que eu me lembrasse da gravidez!
LOL
Ora toma!Vingança...:P
É isto que acontece a quem a partir de um topic inocente - Miminhos precisam-se - desenvolve teorias rocambolescas sobre uma (pseudo)gravidez alheia!
Não sei qual será pior...mas fica aqui a prova que tens queda para o assunto ;P
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