Castigo
Hoje vim de táxi para o trabalho. Tudo corria ben até à altura em que o senhor taxista me pergunta se prefiro ir por aquele caminho ou por outro. Respondi: "Não sei, tanto faz, como lhe der mais jeito". Depois destas resposta afirmativa, concisa e com toda a certeza deste mundo, tive o meu castigo. Apanhei os semáforos todos no vermelho.
3 Comments:
:-)
curioso é que o dia que apanhares os mesmos semáforos todos (ou a maior parte) verdes, nem vais reparar!Deve ser defeito universal.
Peço desculpa por, mais uma vez, estar a deixar mensagens não solicitadas.
Mas não podia perder esta oportunidade.
No outro dia tive de ir a uma reunião a uma empresa obscura que fica na Travessa da Fábrica dos Pentes, e apanhei um taxi.
Eu sabia que, se apanhasse taxis suficientes em Lisboa, um dia isto havia de acontecer! E só demorou trinta anos...
Foi a melhor viagem de taxi da minha vida!
O motorista era um senhor com os seus 60/63 anos, um EXCELENTE comunicador, com uma cultura impressionante da toponímia de Lisboa impressionante, e... já mencionei que foi a viagem mais agradável que já tive?
Nunca na vida me tinha sentido tão à vontade, tão informado, tão deliciado com aquela quantidade massiva de informação e, ao mesmo tempo, a ser-me comunicada de uma forma simples, quase paternal e despreocupada. Uma simples viagem de taxi.
No final, tive de lhe pedir o número de telemóvel (ele não trabalha com acordo da Rádio Taxi), pois não queria perder a oportunidade de voltar a viajar com o sr. António Jorge. Ele disse-me que só faz horários diurnos. Se for entre as 9 e as 18, tudo bem.
Já dei o número dele a dois amigos e a uma amiga, e todos eles confirmaram a excelência da experiência.
Caso alguém more em Lisboa e esteja interessado nesta experiência, entre em contacto comigo que eu forneço o número de telemóvel do sr. António Jorge. Um verdadeiro mito urbano.
A propósito... a Travessa da Fábrica dos Pentes tem o nome que tem devido ao facto das Amoreiras estarem agora instaladas onde antes existia uma fábrica de seda. Ao que parece, os resíduos de seda eram aproveitados para fazer pentes, pelo que a fábrica dos pentes ficava - obviamente - perto da fábrica da seda.
E não sei se sabem, mas Portugal é líder mundial no que toca à exportação de pentes e escovas para o cabelo.
Eu também não sabia disto.
Mas o sr. António Jorge ensinou-me (e é claro que investiguei quando cheguei a casa, e é verdade).
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