Red, red wine
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Esta proximidade geográfica ensinou-me uma coisa: os bêbados são todos rigorosamente iguais. A malta que está neste exacto momento a cantar debaixo na minha janela tem zero diferenças em relação à malta que ocupava aquele mesmo espaço ontem - e é uma cópia exacta dos que cá estarão amanhã.
Todos os bêbados acham que são uns “ganda malucos” – e, logo, originais. Lamento partir esse coração alegremente bombando Casal Garcia, mas não são. As músicas que cantam são as mesmas (música de tunas e cantigos de futebol têm a categoria A de rotação desta playlist), os gritos não variam grande coisa e até mesmo as visitas da polícia ou as cadeiras a voar só causam bocejos. E agora com licença que vou ali à janela ver um puto a vomitar a sua t-shirt da Pull’N’Bear toda. Já que não me deixam ouvir a Oprah, tenho de me divertir de outra maneira.
2 Comments:
É, não é?
O grande engenheiro com a sua bebedeira James Martins é tão bezanas e cheio de bazófia quanto o chavalo do vinho a martelo do tasco mais anónimo.
Cada noitada, cada festança, é diferente da anterior e, contudo, têm um sentido de igualdade mundial entre si. Cada uma é sempre a melhor e os figurantes são sempre os maiores. Também já tinha percebido isso ;)
se bem que..se a oprah sabe disso.. instala um mini-estúdio em tua casa, convida um dr.phil de trazer por casa e algumas vítimas para se queixarem e fazem uma análise detalhada sobre o síndroma da bebedeira universal. daí mesmo, da tua janela :)
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