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Pecado da Preguiça

From the flats and the maisonettes they're reminding us there's things to be done. But you and me, all we want to be is lazy. --- pecadodapreguica(arroba)gmail.com

Tuesday, March 27, 2007

A tua canção... re-descoberta

36 anos depois, continua a ser a chamada “canção filha da mãe”.

It's a little bit funny this feeling inside
I'm not one of those who can easily hide
I don't have much money but boy if I did
I'd buy a big house where we both could live

If I was a sculptor, but then again, no
Or a man who makes potions in a travelling show
I know it's not much but it's the best I can do
My gift is my song and this one's for you

And you can tell everybody this is your song
It may be quite simple but now that it's done
I hope you don't mind
I hope you don't mind that I put down in words
How wonderful life is while you're in the world

I sat on the roof and kicked off the moss
Well a few of the verses well they've got me quite cross
But the sun's been quite kind while I wrote this song
It's for people like you that keep it turned on

So excuse me forgetting but these things I do
You see I've forgotten if they're green or they're blue
Anyway the thing is what I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen

“Your Song” – Elton John/Bernie Taupin

Monday, March 26, 2007

Por motivos de trabalho, vejo-me agora obrigada a ligar a futebol

Digamos que podia ser pior...

Em estágio, volume 4




Beastie Boys, "No Sleep 'Till Brooklyn"

25 anos depois

Não vi este filme há 25 anos. Mas se tentar precisar na minha mente as minhas memórias sobre “Blade Runner - Perigo Iminente", não ando muito longe se disser que o vi há 20. Sim, teria uns nove anitos quando o vi pela primeira vez. Não percebi metade, mas o imaginário ficou. Mais tarde vi-o com olhos de adolescente fascinada pela ficção científica. Depois, li o livro de Philip K. Dick e percebi que pouco ou nada tinham a ver um com o outro. Na sexta feira estreei o DVD recém-comprado e “Blade Runner” é um filme completamente diferente ao terceiro visionamento. Uma coisa mantém-se: ainda é um dos filmes que mais gosto... está no meu top dez de preferências. É um hino ao cinema dos anos 80. Maquilhagem carregada, cores vivas, mundos disfuncionais projectados numa altura em que se vivia a guerra fria. As tensões estão todas lá. Harrison Ford é o adorável bruto, Sean Young, a bela inocente. Quem é humano? Quem não é? Quanto vale uma memória? É também curioso ver que as marcas que se julgavam ser grandes no já tão próximo ano de 2019 são também as que hoje mal notamos: Atari e Bulova (só para citar algumas). E agora... a frase que nunca pensei em dizê-la publicamente, muito menos num blog... mas, aqui vai: a música “Love Theme” do Vangelis continua a ser arrebatadora à distância de 25 anos.

O filme termina com a única prova de confiança possível.

Deckard: Do you love me?
Rachael: I love you.
Deckard: Do you trust me?
Rachael: I trust you.

Passatempo: Descubra O Que Liga Estas Duas Frases

- o Salazar lá ganhou "Os Grandes Portugueses";
- a partir de Junho a minha morada vai ser Saint Marks Avenue, 361.

Friday, March 23, 2007

Em estágio, volume 3




Manhattan, de Woody Allen (1979)

Wednesday, March 21, 2007

Ao pé da minha, a mala do Sport Billy era uma pequena pochete


Uma ida à embaixada dos Estados Unidos é coisa que não desejo nem a um inimigo que me tenha traumatizado para a vida. Ser revistada, passar por detectores de todo o tipo, não poder dar um passo sem ser com ordem dos seguranças, ter de falar com os funcionários através de um vidro espesso como se estivéssemos presos em Alcatraz por homicídio qualificado...
Mas a parte mais embaraçosa terá sido quando toda a minha mochila foi passada a pente fino. Quando eu andava na Escola Secundária, os meus colegas apelidavam a minha mochila de “o poço”. Porque de lá de dentro podia sair qualquer coisa a qualquer momento. Um jornal Blitz já amarelado, pacotes de sumo vazios, lanternas, meias, peças de arte bizantina ou animais de pequeno porte. Não diria que ando sempre com a casa às costas. É mais “ando sempre com uma pequena loja de horrores às costas”. Entre musgo e bolor, é provável que encontrem o vosso avô taralhoco que fugiu de casa dentro da minha mochila – que é a mesma dos tempos da Secundária, devo acrescentar.
Bom, isto tudo para dizer que fiquei muito corada quando o segurança tirou da minha mochila uma embalagem individual de manteiga Mimosa e uma bisnaga de vaselina (a vaselina é para o cieiro, ok?!).
Por falar em Sport Billy, vejam lá isto.

Sobre os rituais de engate dos idosos

Numa livraria de Lisboa, daquelas que pararam na melhor hipótese dos anos 70 e que desconheço como sobrevivem à FNAC na vizinhança (ok, foi na Aillaud & Lellos do Chiado):

Sexagenário com blaser azul-escuro da praxe: Olhe, eu ando à procura de um livro da Europa-América sobre poda.

Empregada com odor a naftalina: Ah, esse livro está esgotado.

Sexagenário com blaser azul-escuro da praxe: Ah, mas sabe qual é! (sorri) Já vi que percebe de poda!

Empregada com odor a naftalina: (faz-se desentendida) Sim, é um livro da Colecção Agricultura. Está esgotado.

Sexagenário com blaser azul-escuro da praxe : (mais insinuante) Mas sabia qual era! Eu disse poda e você sabia! Você percebe de poda!

Empregada com odor a naftalina: ….

Sexagenário com blaser azul-escuro da praxe: (a forçar desesperadamente o trocadilho) Poda! Você percebe de poda! Sabe tudo. De poda. Pois.


Isto era material para uma comédia romântica com a Meg Ryan. Ou então para um Porky´s passado num lar de 3ª idade.

Tuesday, March 20, 2007

Right Now

Não sou grande fã dos Van Halen, e nem gosto particularmente desta música. Mas é um dos meus vídeos preferidos de sempre:

Em estágio, volume 2

E na TV, produtos embalados
Entram em nós, bem camuflados
Como é que eu fico, eu fico engasgado
Com o novo mundo mesmo ali ao lado
Está mesmo ali ao lado

E eu vou ter que sair, e eu vou ter que partir
Finalmente vais ver
O que é que iria ser, o que é que eu iria ter
N'América
N'América

"N'América", Xutos & Pontapés

Em estágio, volume 1



Na mesa de cabeceira. Faltam pouco mais de três meses.


Mais sobre o livro aqui.

Friday, March 16, 2007

Recapitulemos pois então

Todos os meses é assim. Vou ao arquivo ver o que se passou há exactamente um ano. Quando o faço em relação ao mês de Março de 2006, hoje constato que não estou muito diferente. Continuo a escrever sobre Leonard Cohen, a ter sonhos como se fossem filmes de Hollywood e apensar em dietas. Como não tenho tido tempo nem inspiração, faço aqui um breve resumo do mês de Março até hoje para que daqui a um ano saiba a quantas ando.

Ao terceiro mês do ano, o trabalho aumenta, o peso mantém-se e chega finalmente a primavera apesar de não conseguir largar o casaco de penas de manhã quando saio de casa para ganhar dinheiro para a “paz, o pão, a habitação, saúde, educação” como diria Sérgio Godinho.

Na sala onde trabalho, os meus amigos discutem diáriamente os concertos do Verão. Já nem sei quem vem. Só retive os Metallica e os Rolling Stones em Junho e, possivelmente em Outubro, os Police. Dizem-me que afinal os White Stripes já não vêm.

Hoje em particular sinto um calorzinho especial porque o Benfica deu-nos uma noite mágica ao garantir a continuação na Taça Uefa e ganhar ao Paris Saint Germain por 3-1.

Em Março de 2007 também me sinto assim.

Tinha os olhos abertos mas não via.
O corpo todo era a saudade
de alguém que o modelara e não sabia
que o tocara de maio e claridade.

(Eugénio de Andrade)

Thursday, March 15, 2007

O que gostamos uns nos outros

Um estudo revelou esta semana os factores que mais atraem homens e mulheres. Parece que eles gostam da maneira como andamos e um certo menear de ancas dá-lhes a volta a cabeça. Elas gostam de homens com andar gingão, ombros largos e flutuantes. Não sabem o que são ombros flutuantes? Nós mostramos.



“I really like the way you walk that walk”

Thursday, March 08, 2007

I'm Your Man

Acabei de ver “I’m Your Man”, sobre a vida de Leonard Cohen. Presente inesperado ... o melhor de todos. À conta das histórias que já conhecia e das que aprendi, e ainda as músicas re-interpretadas, nem sei bem o que escrever. A voz de Leonard Cohen continua a hipnotizar-me, “Everybody Knows” continua a ser um tema arrebatador e ver a humildade com que os cantores que participam no filme falam dele é apaixonante. Aqui está o Leonard Cohen homem, o poeta, o compositor, o cantor, o amante, o sofredor. Na minha vida, Leonard Cohen não é só a memória de o ver ao vivo em Cascais às cavalitas do meu pai. É muito mais que isso... é drama, é paixão, são as viagens de Verão em família... é um natal fora de tempo. É ouvir "I'm Your Man", fechar os olhos e sentir um entrelaçar de dedos e um aperto na mão que está vazia.

Wednesday, March 07, 2007

Guilty, guilty, guilty mas GUILTY pleasure

Posso sempre dar a desculpa de "ah, o vídeo é giro e é da realizadora que trabalha com o Marilyn Manson e tal". Mas a verdade-verdadinha-corada-de-vergonha é que eu gosto muito desta música. E é muito música de gaja, especialmente gaja com dor de corno. E hoje isso serve que nem uma luva. Por isso, toca a arrastar o bom nome deste blog para a lama:


Tuesday, March 06, 2007

Isto é o quão interessante a minha vida anda:

Ando com vontade de escrever um post mas o melhor que consigo espremer é "e se eu partilhasse com a blogosfera mundial o fascinante relato de ter conseguido na última semana ir quatro vezes à FNAC e não comprar nada?".
Onde é que anda uma desilusão amorosa ou um tecto da cozinha caído quando precisamos deles? Pfff...

Monday, March 05, 2007

Reset à máquina

No meu aniversário, o grupo dos amigos do costume deu-me uma pausa para me mimar: uma tarde num spa nos arredores de Lisboa. Hoje foi o dia de o gozar. Arredores de Lisboa o tanas... assim que lá chegamos mudamos de planeta. O verde da serra substitui o cinzento da cidade e comecei logo a sentir-me melhor. A falta de companhia estava a fazer-me confusão, mas assim que vi o jacuzzi que vos apresento só para mim, tudo começou a fazer sentido. Meia hora com borbulhas quentinhas e ao ar livre. Assim, como hoje, só tinha visto em filmes onde os protagonistas são pessoas com muito dinheiro e caprichos. Se tivesse começado a chover, tinha implorado para lá ficar mais meia hora. As nuvens não colaboraram. Chegada a hora da minha massagem prometida, fui levada a uma cabine pela terapeuta para uma hora de massagem holística. 60 minutos depois, finalmente percebi o conceito da recauchutagem. Obrigado! A todos!

Saturday, March 03, 2007

you're the...



... strangest love i've ever known.