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Pecado da Preguiça

From the flats and the maisonettes they're reminding us there's things to be done. But you and me, all we want to be is lazy. --- pecadodapreguica(arroba)gmail.com

Friday, June 30, 2006

em loop...

To the moment I sleep, I'll be there by your side.
Just you try and stop me, I'll be waiting in line,
Just to see if you care.
I'll always be waiting for you, and this is my final chance of getting you.

"Shiver" - Coldplay ("Parachutes")

Thursday, June 29, 2006

Partidas do shuffle do meu iPod, capítulo 47576253


Os senhores da Apple, cuscos do piorio, sabem demasiado sobre a minha vida - inclusiva e perturbadoramente aquelas coisas que eu não conto a ninguém. Mas eles sabem. Como aliás se vê pela música que o meu iPod escolheu exactamente na altura em que o autocarro ficou de tal maneira cheio que era impossível tirar o leitor de mp3 do bolso para passar a faixa para a frente.




Bloc Party - Two More Years

In two more years, my sweetheart, we will see another view
such longing for the past for such completion
What was once golden has now turned a shade of grey
I've become crueler in your presence

They say: 'be brave, there's a right way and a wrong way'
This pain won't last forever, this pain won't last forever

Two more years, there's only two more years
Two more years, there's only two more years
Two more years so hold on

You've cried enough this lifetime, my beloved polar bear
Tears to fill a sea to drown a beacon
To start anew all over, remove those scars from your arms
To start anew all over more enlightened

I know, my love, this is not the only story you can tell
This pain won't last forever, this pain won't last forever

Two more years, there's only two more years
Two more years, there's only two more years
Two more years so hold on

You don't need to find answers for questions never asked of you
You don't need to find answers
dead weights and balloons drag me to you
dead weights and balloons to sleep in your arms
i've become crueler since i met you
i've become rougher, this world is killing me

we cover our lies with handshakes and smiles
we try to remember our alibis
we tell lies to our parents who hide in their rooms
we bury our secrets in the garden
of course we could never make this love last
i said of course we could never make this love last
the only love we know is love for ourselves
we bury our secrets in the garden

Olha lá, serei só eu que oiço aqui coisas sobre...?!?

Wednesday, June 28, 2006

Passagem obrigatória


Em Nova Iorque, não resisti a passar pela esquina de todos os desencontros ("Before Sunset").

Jesse: In the months leading up to my wedding, I was thinking about you all the time. I mean, even on my way there; I'm in the car, a buddy of mine is driving me downtown and I'm staring out the window, and I think I see you, not far from the church, right? Folding up an umbrella and walking into a deli on the corner of 13th and Broadway. And I thought I was going crazy, but now I think it probably was you.

Celine: I lived on 11th and Broadway.

Jesse: You see?

A ternura dos 40

Parabéns... John Cusack faz hoje 40 anos. Como diz um bom amigo: "Qualquer filme com John Cusack, é melhor que um filme sem John Cusack".













Rob: I'm tired of the fantasy, because it doesn't really exist. And there are never really any surprises, and it never really...

Laura: Delivers?

Rob: Delivers. And I'm tired of it. And I'm tired of everything else for that matter. But I don't ever seem to get tired of you, so...

Tuesday, June 27, 2006

Desculpem lá o abuso...

... mas assim é muito mais prático. Vou estrear isto na quinta-feira dia 6 de Julho. Pessoal, quem quer nome na guest list?

O despertador de terça feira

Hoje liguei o rádio quando cheguei ao trabalho e estava a dar "All That I Have" dos Snow Patrol. Ah! Se o dia for tão glorioso como esta música...

Strain this chaos turn it into light
I've got to see you one last night
Before the lions take their share
Leave us in pieces, scattered everywhere
Just give me a chance to hold on
Give me a chance to hold on
Just give me something to hold onto

It's so clear now that you are all that I have
I have no fear cos you are all that I have
It's so clear now that you are all that I have
I have no fear cos you are all that I have

You're cinematic razor sharp
A welcome arrow through the heart
Under your skin feels like home Electric shocks on aching bones
Give me a chance to hold on
Just give me something to hold onto

Monday, June 26, 2006

Testado em animais

Um gajo que não consegue manter um blog também não consegue manter uma relação.

Saturday, June 24, 2006

wishful thinking ...

... Ou o poder da publicidade pode ser muito coercivo.

À falta do meu gel de banho preferido no hipermercado de eleição, vi-me obrigada a escolher um novo. Tantos preços, tantos tamanhos, tantos cheiros até que... bem escondido quase no final da prateleira estava o meu novo gel-duche: "Lux sparkling morning". Qualquer coisa como Lux Manhã Brilhante. Tendo em conta que me levanto todos os dias às 5.30 da manhã parecida com a Madame Min da Disney, poderá esta minha nova aquisição fazer-me sentir com a senhora do anúncio?

Friday, June 23, 2006

Nostalgia

Hoje, despertar foi uma experiência dolorosa apenas compensada por uma memória aleatória que muitas saudades me trouxe. Saudades dos tempos em que se viviam dias gloriosos lá em casa com a chegada do primeiro vídeo gravador. A minha mãe costumava alugar filmes nos serviços sociais do trabalho dela e, como não percebe grande coisa de cinema, pediu sempre conselhos à pessoa que estava à frente do clube de vídeo. Um dia, “madresita” leva para casa “Willow na Terra da Magia”. Eu, o meu irmão e os meus pais passámos um serão de sábado a ver o filme e hoje não só é uma doce recordação como uma das minhas histórias favoritas.

Acho que se voltar a ver, consigo declamar a declaração de amor de Madmartigan a Sorsha de cor, sorrir nos mesmos sítios e emocionar-me com as mesmas palavras.

Madmartigan: "Oh Sorsha...wake from this hateful sleep. It deprives me of your beauty...the beauty of your eyes..."
Sorsha: "One move, jackass, and you really will be a woman."
Madmartigan: "You are my sun, my moon, my starlit sky. Without you, I dwell in darkness."
Sorsha: "What are you doing here?"
Madmartigan: "Your power has enchanted me, and I stand helpless against it. Tonight, let me worship you in my arms! I love you!"
Sorsha: "Stop saying that!"
Madmartigan: "How can I stop the beating of my heart? It pounds like never before."
Sorsha: "Out of fear."
Madmartigan: "Out of love!"
Sorsha: "I can stop it. I'll kill you."
Madmartigan: "Death next to love is trivial thing. Your touch is worth a hundred thousand deaths."

Enquanto procurava por esta maravilhosa declaração de amor na Internet, descobri também que esta não faz parte da versão original do guião. A primeira vez que a proclamação de amor de Madmartigan (*suspiro*) se faz a Sorsha era assim:

Madmartigan: I love you.
(...)Sorsha: Why did you say that?
Madmartigan: Say what?
Sorsha: I love you.
Madmartigan: Because it's true.
Sorsha: I don't believe you.
Madmartigan: I wish it weren't true. I swore I'd never let this happen. I hate you. I hate your beauty, I hate your innocence, I hate the feelings you've awakened in me. I'm in love with you, Sorsha. I don't want to be, but a power has enchanted me and I stand helpless against it. It's torture. Battle- field or prison cell was never half as cruel. I want you and I can't have you so, I want you all the more. If this were another time and another place I'd--
Sorsha: You'd what?

Hum... gosto!

Thursday, June 22, 2006

Saudades de NY parte 2... feeling Homesick


Apesar de ainda ser dia, acho que dá para perceber que a Times Square é muito luminosa.

Saudades de NY


Ao fundo... o Chrysler Building cuja história emocionou Patrica e SR. Durante 13 meses, este foi o edifício mais alto de Nova Iorque, altura em que o Empire State Building foi inaugurado. Caso haja dúvidas, esta fotografia foi tirada no observatório do andar 86 do Empire State Building.

O “meu” planisfério


O tempo é cruel. Passa a correr por nós e nunca damos por ele. Mal consigo acreditar que há uma semana caminhava alegremente por Nova Iorque a caminho do Museu de Arte Moderna. Hoje, olho para o calendário e noto que esta semana passou à velocidade da luz e que há três anos estava em Dublin. Foi uma das entradas mais surpreendentes no meu planisfério pessoal. Este conceito não é meu. A ideia partiu de Miguel Cadilhe, repórter do Expresso que anda de mochila às costas pelo mundo à procura de histórias, países perdidos e vidas por explorar. Dublin foi uma viagem mágica. Uma semana em Barcelona nos idos de 99 marcaram a transição da adolescência para a vida profissional. À Londres de sonho e à Monumental Paris já fui três vezes e até já estive na Suiça. Madrid e Toledo também já são um pontinho no meu mapa e agora, Nova Iorque… a cidade que nunca dorme. E é mesmo assim… uma insónia constante. Mas olhando para este pequeno planisfério e medindo a velocidade a que a vida passa por mim, constato que há tanto para ver … e tão pouco tempo.

Wednesday, June 21, 2006

O "meu" Portugal-México


Eu tento. Eu juro que sim. Hoje vesti uma camisola de apoio à selecção, juntei-me às restantes hostes e fui ver o jogo. Totalmente mentalizada para entrar na onda e sofrer, roer unhas, berrar e dizer palavrões. Afinal, não é isso que se faz enquanto se assiste a um jogo de futebol, ainda mais se for a Selecção no Mundial?
Mas eu vou admitir-vos o que me passou pela cabeça durante 90 e poucos minutos:
- "O meu detergente da loiça está a acabar, tenho de comprar mais. E cereais, já agora! Hum, será que o Choco Crispies ainda traz cenas dos Simpsons como brinde?";
- "Tenho aqui um dente que me está a chatear. Eu devia ir ao dentista, mas não gosto nada. Bom, isto passa. Talvez os tais Choco Crispies não sejam assim tão boa ideia";
- "Nojo, fiquei a cheirar a fritos! Não devia ter ido almoçar àquele sítio. Só me apetece tomar banho";
- Depois de uma semana e meia de bloqueio, lá consegui ter uma ideia decente para uma sinopse que tenho de apresentar (nesta altura oiço um colega meu a dizer "Já viram a cara de concentração com que a SR está a ver o jogo?". Tonto. De facto, eu estava a olhar na direcção da televisão, mas...);
- "Usar estas meias com estes ténis foi má ideia";
- "O Hard Candy é um granda filmalhaço";
- "Será que eu lhe devia ligar?";
- "Bom, agora iamos marcando! Ah não, espera.... Estamos na segunda parte e os guarda-redes trocaram de baliza. Ups, ainda bem que só pensei e não disse isto alto".

Eu tento. A SÉRIO QUE TENTO. Gosto de futebol, mas acho noventa minutos de jogo muito chatinhos... Papo as notícias todas de futebol (vá, perguntem-me lá quem é que marcou no Brasil- Austrália! E com que equipas jogou Portugal na Coreia 2002!), mas a verdade é que não consigo concentrar-me no jogo durante uma hora e meia. Será que aquilo não se resolvia em vá, 40 minutos?

Tuesday, June 20, 2006

Does my face lie?





Goldfrapp inhabits a dark alley, bristling with urban menace and throbbing with a deep electronic pulse and with an intensity and brooding claustrophobia that's both exuberant and sensual.

Descrição da banda electro Goldfrapp segundo o site Amazon.com.

E é a única coisa que vos revelo sobre o Hard Candy, o melhor filme que vi em séculos. A história do Capuchinho Vermelho em versão moderna e vingativa, não aconselhada para estômagos fracos e mentes frágeis. Oh, que se lixe: Hard Candy deve ser visto por toda a gente, mesmo (aliás, sobretudo) se sairem da sala de cinema perturbados. Filmado em 18 dias, em dois ou três cenários e com um total de cinco (!!) actores, três dos quais mal aparecem. Em cartaz nestas salas, para que não tenham desculpas.

Monday, June 19, 2006

NY: uma das minhas imagens preferidas


"Noite Estrelada" de Vincent Van Gogh

Em exposição no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Quando revelar as minhas fotografias, há mais.

Sunday, June 18, 2006

O porquê de durante uma semana em NY eu a e patrica nem termos ouvido falar de futebol:

Mas explicado pelos Simpsons, que tem muito mais impacto:



Gosto do facto do Homer torcer por Portugal!

Video descoberto e gamado sem descaramento ao Capuchinho Vermelho.

Friday, June 09, 2006

Pecado da Preguiça On Tour

Durante a próxima semana este blog estará fechado para balanço. As duas preguiçosas vão passear as suas almas pecadoras para a cidade que nunca dorme. Ofensas gratuitas ali na zona de comentários, se faz favor.

Sobre a noite em que o arquiduque pegou fogo a Lisboa

Complicações com o Blogger alheias à vontade da gerência impossibilitaram um mais que merecido post sobre o grande concerto dos Franz Ferdinand no SBSR, que culminou com milhares a gritar "this fire is outta control, it´s gonna burn this city". Tarde e más horas, o melhor é recomendar-vos este link e mais este. Fotos para fazer pirraça estão aqui.

Ah, e foi muito bom ouvir (ainda de dia...) uma das minhas músicas preferidas de sempre à pala destes senhores.

Monday, June 05, 2006

MVP

Hoje chamaram-me isto. Nada mau para quem nunca gostou das aulas de Educação Física. Tive foi de perguntar o que queria dizer a sigla, que nunca fui moça de seguir a NBA.

X-Men... woman ...

You Are Storm
Exotic and powerful, Storm descended from a line of African priestesses.Emotions can effect your powers, but you are generally serene.
Powers: controlling weather, creating winds that lift you into flight, generating lightning
Which of the X-Men Are You?




Bolas. Tinha logo de ser a encalhada

Tendo em conta que ela anda aos chochos ao Wolverine...

... nem me importo de destruir uma galáxia ou outra.

You Are Jean Grey

Although your fate is often unknown, you always seem to survive (even after death).
Your mind is your greatest weapon, literally!

Powers: telepathy and telekinesis, the ability to project thoughts into the mind of others, communication with animals


Nota: Tenho um grande arranhão com hematomas no meu braço, que digo a toda a gente que foi causado por uma noite de paixão tórrida com o Wolverine. Na verdade foi porque me caiu em cima parte da estrutura da Tenda Electrónica do Rock In Rio devido a acrobacias de um pastilhado. Mas deixem-me lá viver na minha bolha e fingir que tenho em casa uma pilha de t-shirts de alças do Wolverine para passar a ferro...

NY Countdown


Daqui a 4 dias, eu e a SR embarcamos num avião da TAP rumo a Newark, a primeira paragem para seis dias de visita a Nova Iorque. O sonho é das duas, a vontade de ir e o medo de ficarmos apaixonadas pela cidade também. Já comecei a racionar roupa, arranjei as mãos e terça feira corto o cabelo. Quero ficar bem nas fotografias da viagem da minha vida. As contas às saudades de casa também já estão feitas com uma margem de erro de mil por cento. Vou sentir mais do que alguma vez vou conseguir calcular. Para já, concentro-me na expectativa e no nervoso miudinho que se instalou bem cedo no sábado. Dia 10 dizemos “até já” a Portugal num dos feriados mais emblemáticos para vestir a pele de turista na cidade que nunca dorme. Faltam 4 dias.

Sunday, June 04, 2006

Eu Acabei Por Ir

Há pouco fiz um teste para saber qual dos personagens dos Marretas é que sou e calhou-me, sem grande espanto, os velhotes resmungões do balcão. Isto porque eu tenho um defeito assumido: o de ter a mania de dizer mal das coisas das quais toda a gente gosta e com que eu implico mortalmente. Muitas vezes, sem conhecimento de causa. Digo mal do Código Da Vinci (sem nunca ter passado da página 27), achava os livros do Harry Potter uma parvoíce (apesar de depois ter ficado vergonhosamente viciada), deixei de comprar CDs de bandas que se tornaram moda (achando egoistamente que eles só tinham piada quando só eu é que os conhecia).
Faz este ano uma década que comecei a ir a concertos. Já comi muito pó, já levei (alguma) porrada no mosh, já passei horas intermináveis em pé, já acampei em condições piores do que campos de refugiados, já fiz quilómetros de norte a sul para ficar com os ouvidos dormentes de tanta pancada de amplificador. Tenho a mania parva de que sou pró do ritual dos concertos e festivais.
Estes dois factores juntos resultaram numa tendência para cortar na casaca do Rock In Rio, seja pela onda de unanimidade, seja pelo facto de arrastar multidões que nunca viram um concerto sem ser na festa de Natal da escola/empresa/fábrica/condomínio/santa-padroeira-lá-da-freguesia (riscar o que não interessa). Já tinha ido em 2004, já conhecia a Cidade do Rock e já tinha lá assistido a grandes espectáculos. Mas mesmo assim gostava de mandar a minha posta de pescada: o Rock In Rio era uma daquelas pastilhas de morango rosa-choque demasiado doces e de sabor passageiro, enquanto os festivais “a sério” (seja lá isso o que for) são uma daquelas pastilhas de mentol extra-fortes que nos fazem ficar com a sensação de que levámos com uma bola de basket no nariz. E isso sim, é um Concerto. Não é cá para meninos.
Ontem fui ao Rock In Rio. Tenho de dar o braço a torcer: não me lembro de qual foi a última vez em que me diverti tanto num festival. Só me apercebi no estado de Nestum em que estavam os meus pobres pés às cinco da matina, depois de ter visto os brutais 2 Many DJs e de ter se ser corrida do recinto porque aquela malta queria ir dormir. O espaço está perfeito, o concerto dos Red Hot Chilli Peppers foi fantástico, os Da Weasel vão ter para sempre o meu respeito e os Kasabian fizeram-me ir à FNAC comprar o disco. O público, o tal que eu critico pelo estado de histeria foleira, foi dos melhores que alguma vez apanhei. Dei por mim a pensar que o público dos outros festivais é que está mais cínico e desinteressado (não é só das bandas a culpa do SBSR estar a ser morninho).
Marketing? Claro que sim. Desconfiança face aos brasileiros? Sou forçada a admitir aqui a minha dose qb de maldade para com eles (que uma viagem ao Brasil não amansou). Dinheiro? Muito. Moda? Bem sei. Mas porra, os gajos sabem fazer um festival como ninguém. Daqui a dois anos lá estarei, com os pré-adolescentes e as donas-de-casa. E agora com licença que vou ali ler o Código Da Vinci e ver o que está um primeiro lugar no top de CDs da Fnac.

Medição de Audiências

1) Sei quantas pessoas visitam este blog pelo número de conhecidos que espontaneamente me asseguraram nos últimos dias que nunca cortarão unhas à minha frente.

2) Hoje fui a casa da minha mãe. Estava a ver as notícias quando ela se senta ao meu lado com o corta-unhas e começa numa sinfonia de nhac-nhac que não se aguentava. A minha mãe chama à internet “o ézinho” por causa do símbolo do Internet Explorer. Nunca consegui que ela percebesse o que é um blog.

Thursday, June 01, 2006

Certezas.

Mais do que o pensador que lhe inspirou o nome, este Calvin tem tiradas que me deixam a pensar. Pode-se dizer que é o meu Paulo Coelho, com a diferença que há mais sabedoria numa página de "Something Under The Bed Is Drooling"do que em trinta contentores de carga cheios d' "A Brida".

Numa tira que (re)li hoje ( e que podem encontrar na página 43 da edição da Gradiva de “É Um Mundo Mágico” ou ler na versão original aqui), Calvin faz uma lista entitulada "Coisas de que eu nunca hei-de gostar" . Depois vira-se para Hobbes e concluí: "É reconfortante saber que há certezas na vida”.

Hoje tive um daqueles dias de colocar tudo em causa. Um bocadinho de certezas imutáveis e do conforto que trazem consigo soube-me bem.


Coisas de que eu nunca hei-de gostar:

A lista do Calvin:

Enxugar-me com uma toalha fria e húmida.
Sentir algas a enrolarem-se-me nas pernas
Tudo o que estava em vaga nos anos 70.
Rebuçados de mentol, batata doce e passas.
Os guinchos agudos dos bebés.
Lesmas a contorcerem-se.

A minha lista:

O barulho das moscas a voar e a bater nos vidros.
Mexer em tecidos impermeáveis.
Moedas de um e dois cêntimos.
Ovo cozido, iscas e tripas fritas.
Cabelos no ralo da banheira.
Mandar SMS e não ter resposta.

Ah, e ter pessoas a cortar as unhas à minha frente.