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Pecado da Preguiça

From the flats and the maisonettes they're reminding us there's things to be done. But you and me, all we want to be is lazy. --- pecadodapreguica(arroba)gmail.com

Friday, February 25, 2005

De pára-quedas aberto …



When I'm counting up my demons, Saw there was one for every day. With the good ones on my shoulder, I drove the other ones away. Hoping everything's not lost.

O no, I see. A spider web is tangled up with me. And I lost my head, the thought of all the stupid things I've said.

I want to live life, and never be cruel. I want to live life, and always be true
And I want to live life, and be good to you, And I want to fly, and never come down,
And live my life, and have friends around.

To the moment I sleep, I'll be there by your side. Just you try and stop me, I'll be waiting in line. Just to see if you care. I'll always be waiting for you, and this is my final chance of getting you.

We never change do we?
No, no.
We never learn do we?

Look at the stars,
Look how they shine for you,
And everything you do,
Yeah, they were all yellow.

Your skin, your skin and bones, turn into something beautiful,
You know
You know I love you so.


… Ou como Chris Martin sabe tudo sobre a vida de Patrica

O dia depois

Ontem fui à bola. Estou com azia. Paciência. Espero que a crise passe depressa a seguir ao jogo com o Porto. Quero ver o Benfica de cabeça levantada. Bolas, fiquei mesmo triste ontem.

Tuesday, February 22, 2005

Bens de primeira necessidade, 1º capítulo

Como é que eu vivi sem esta T-shirt até hoje?



Eu não quero ser exagerada, mas este é o melhor site do planeta.

O maravilhoso mundo dos relatos de futebol!

Não tenho Sport TV. Paciência. Por isso, de cada vez que o meu Benfica joga tenho duas hipóteses... Ou vou ao estádio ou ouço o relato em casa. Escolho sempre a segunda opção porque, verdade seja dita, ir à bola é caro. Ainda assim, quando o meu amor ao dinheiro está em baixa, vou aos jogos das competições europeias. Fui ver o Benfica – Inter de Milão, o Benfica - Real Madrid no jogo do Centenário e ainda, o Benfica – Anderlecth. Na quinta, vou apanhar frio para ver o CSKA. Devo confessar que estes bilhetes calharam-me num concurso.

Quer isto dizer que não vou ouvir os maravilhosos relatos. Todos me dizem que os melhores comentários são os da Renascença, mas a TSF... a TSF e o Jorge Perestrelo batem tudo e todos. O jogo pode ser uma monotonia de 90 minutos, mas a festa faz-se à mesma. É de nervos. Os jogadores estão a morrer de cansaço em campo. Mas o Perestrelo não. “Ripa na Rapaqueca” para aqui, a “TSF é a maior” para ali. E depois, aqueles últimos cinco minutos com a musiquinha tipo samba. É de nervos. Bom, ontem, o Benfica – Vitória de Guimarães foi mesmo de nervo. Mas há apenas uma frase que retenho do relato de ontem: “Está levantado o pau”.

Monday, February 21, 2005

Por estes dias…

A minha cabeça não sai daqui.



Praia Waimea - Havai

Sunday, February 20, 2005

Dia de eleição

Hoje fui votar... como vou sempre que me chamam para isso. Hoje fiquei coontente. Não por causa de resultados mas, porque vi a escola onde voto cheia de gente. Como não via há muitas eleições ou referendos. Quanto aos resultados... que nada fique como dantes, mas que tudo seja melhor que nunca. Podem começar a fuzilar a optimista!

Acabada de chegar da Mesa de Voto nº 16...

... apetece-me citar este senhor:

«Our elections are free - it's in the results where eventually we pay.»
Bill Stern, jornalista desportivo de rádio


E já agora este também:

«We'd all like to vote for the best man, but he's never a candidate.»
Kin Hubbard, jornalista e humorista


E claro que este nunca fez tanto sentido:

«Democracy is the worst form of government except for all those others that have been tried.»
Winston Churchill, primeiro-ministro britânico


Nunca me apeteceu tanto fazer isto ao boletim de voto.

Saturday, February 19, 2005

And the Oscar goes to…

Espero eu que para “Hotel Ruanda”.



Acho que os óscares são um voto de simpatia e de júris comprados, mas ainda assim, é um prémio relevante para a opinião pública. E dos nomeados não reza a história. “Hotel Ruanda” concorre nas categorias de melhor filme e melhor actor. Espero que ganhe nas duas. Melhor filme porque ele é um peso na consciência social do chamado “mundo desenvolvido” que deixou o Ruanda ao abandono em plena Guerra Civil e que acabou com uma luta de irmãos que fez um milhão de mortos. Quanto ao óscar de melhor actor… Don Cheadle está soberbo. No grande ecrã ele é Paul, gerente de um hotel de 4 estrelas que, em pleno caos militar consegue salvar quase 1300 compatriotas. Fui na sexta feira ver este filme. Semana de estreia. Pensei que a sala enchesse. Devímos ser quinze. Senti vergonha alheia.

Este filme devia ser obrigatório nas aulas de história do mundo tal como “A Lista de Schindler”, “O Resgate do Soldado Ryan”, “Platoon”, entre outros. A Guerra é isto mesmo. O Ser humano … o ser humano consegue ser muito cruel. Se a Academia optar por premiar a história de um magnata da aviação, ou de um pugilista na reforma e de uma mulher que quer realizar um sonho, aí sim, está provada a minha teoria de que é tudo por simpatia.

Todas as outras histórias merecem prémios… mas se calhar a seu tempo. Acho que Ray Charles deveria ter sido homenageado em vida. O senhor que nos faz sonhar com a “Terra do Nunca” também é merecedor de louvores por manter um hospital à conta dos direitos de autor de “Peter Pan”.

Mas Paul Rusesabagina também. Ele é um herói de Guerra. O meu óscar está entregue. Obrigado Don Cheadle e Terry George por terem feito este filme. Esta memória não pode ser apagada. É dolorosa demais.

Friday, February 18, 2005

Eu não sei o que é um carburador e orgulho-me disso!

É oficial: eu sou uma espécie em vias de extinção. A Quercus devia preocupar-se comigo e fazer uma fundação com o meu nome. E tudo isto porque eu não tenho carta de condução. Heresia maior: nem quero ter.
Eu e veículos automóveis é coisa que não combina mesmo. Só consegui decorar a ordem Embraiagem-Travão-Acelerador devido às suas iniciais formarem a sigla "ETA" e lembrarem-me a organização terrorista basca. Não faço ideia do que signifique "meter a segunda" e desconheço para que raio serve uma embraiagem. Uma vez dentro de um carro, tenho muita sorte se souber reclinar o assento ou trabalhar com o auto-rádio. Quando fiz 18 anos, não dei importância nenhuma ao facto de poder tirar a carta. Fiquei bem mais feliz por poder finalmente ir votar. Prefiro de longe falar sobre a criação de louva-a-deus na Polónia e discutir cilindradas e tipos de jante.
Sou feliz a andar de transportes públicos. Sou a única pessoa que está de sorriso nos lábios a comprar a senha do passe da CP. Das vezes em que um carro se torna imperativo, há sempre uma alma caridosa para dar boleia. Não conduzir não é uma prisão. É uma liberdade. Liberdade para poder beber uns copos à vontade quando vou sair, para ir a dormir no banco de trás nas viagens intermináveis, para poder preocupar-me mais com a escolha adequada da playlist musical do que com os sinais de trânsito.


Agora, se não se importam, vou apanhar o Metro.

PS- No próximo post coloco as imagens que queria juntar a este texto. O Blogger hoje não está a colaborar...

Thursday, February 17, 2005

Gosto do sábado porque…



- me levanto depois do meio dia.
- se me apetecer, saio da cama, vou para a sala ver televisão e, se me apetecer, volto para a cama outra vez e durmo até às três.
- posso tomar banho com a aparelhagem ligada e aos altos berros para que o meu duche tenha a banda sonora perfeita porque pode ir além dos 5 minutos que demora de segunda a sexta. Geralmente, 3 músicas chegam para que seja perfeito.
- o meu almoço pode ser uma dose de esparguete com maionese, uma tigela de sopa ou simplesmente, um iogurte.
- dá dois episódios do “CSI” na SIC.
- dá “A América de Michael Morre” no AXN (o meu novo canal de eleição)
- se me apetecer, ainda durmo depois do “CSI”.
- a minha gata adora que eu esteja mais que três horas com ela.
- se tudo correr bem, por volta das 20h30, chega a boleia perfeita para ir jantar fora e à meia noite e meia começa a minha sessão semanal de cinema.
- se não for assim, o meu sábado é passado de papo para o ar na terra da minha mãe a ouvir o ronronar do meu gato.

Tuesday, February 15, 2005

Hoje é dia de Skeletor



Ora aí está um feriado que vale a pena gozar. A lenda de Greystone revive e vou fazer uma campanha: para o ano, quero um postal dos Forever Friends dedicado à história de He-Man, She-Ra e Thundercats, já agora… Isso sim, um dia que vale a pena comemorar. Obrigado Richard Herring, comediante inglês e responsável por alguns dos brilhantes textos da série que inspirou o “Contra – Informação” em Portugal… Spitting Image... foi ele quem instituiu o dia 15 de Fevereiro como o dia Skeletor. Depois deste, quero o dia de Johnny Bravo. É só escolher a data. Quando isso acontecer, nem venho trabalhar.

Monday, February 14, 2005

When Patrica met John

Faz agora um ano que um amigo que me apresentou um rapaz da minha idade e com quem tive logo química. É óbvio que é uma coisa platónica e ele nem sonha que gosta muito dele. Ou melhor. Ele sabe que eu existo porque ele sabe que tem admiradores um pouco por todo o lado mas, saber que existe em Portugal uma Patrica que tem várias músicas dele como banda sonora de uma vida que se uqer viver bem devagarinho, não sabe. Ele chama-se John Mayer. Tem 27 anos, tal como eu, mas ao contrário de mim, toca guitarra com mestria. Nem um acorde sei fazer.

Ontem, dia 13 de Fevereiro ganhou mais um grammy com “Daughters” do álbum “Heavier Things”. Não é dos temas dele que mais gosto, mas confesso que gostei da atitude da academia em dar-lhe mais uma grafonola dourada. Há 3 anos, “Your Body Is A Wonderland” ganhou aquele que foi o primeiro grammy da sua carreira. Esperemos que ele tenha muito sucesso e continue a produzir uma excelente banda sonora para esta humilde portuguesinha que, quando o ouve no iPOD, aumenta sempre o volume.

Por estes dias sinto-me “always buzzing like neon”.



"NEON"

Sky blue gets dark enough
To see the colors of the city lights
A trail of ruby red and diamond white
Hits her like a sunrise

She comes and goes
And comes and goes
Like no one can

Tonight she’s out to lose herself
And find a high on peachtree street
From mixed drinks to techno beats
It’s always heavy into everything

She’s always buzzin just like
Neon, neon, neon, neon
Who knows how long, how long, how long
She can go before she burns away

Para acabar de vez com o S. Valentim

O dia de hoje é um daqueles que me causa urticária da pior espécie. O Natal pode ser deprimente. O Carnaval pode ser irritante. Mas o Dia dos Namorados é pura e simplesmente estúpido.
Esta reacção não é, ao contrário do que possa parecer, ressabianço. Não gosto do Dia de S. Valentim tenha ou não cara-metade durante essas 24 horas por ano. Recusei ir hoje a um jantar só de solteiros (tristemente autoproclamado como o “jantar dos encalhados”) porque prefiro ignorar que o dia existe. Os namorados que já tive sabem que é proibido sequer tentar comemorar a data. Não tenho pachorra para os animais de peluche, para os cartões lamechas, para as montras pindéricas (já reparam que por volta do Dia dos Namorados todas as lojas sem excepção se enchem de corações, independentemente daquilo que vendam? Juro que já vi desde ferros de engomar a remédios para a celulite devidamente enfeitados).
No meu primeiro Dia dos Namorados com um dito “namorado a sério”, tentei passar por cima desta minha aversão. Queres comemorar o Dia de S. Valentim? Então, ‘bora lá. Fomos para Sintra. Até aí tudo bem. O pior foi quando ele (vou manter o anonimato por causa da dignidade do simpático rapaz em causa) me ofereceu a prenda: um pavoroso pedaço de acrílico redondo com brilhantes histéricos e um coração com a palavra “Love” lutando para chegar à tona de um líquido viscoso azul-turquesa. “É para pores as tuas canetas”, disse com um ar orgulhoso. “Gostas?”. Foi provavelmente a prenda mais horrorosa que já recebi na vida, mas sorri e respondi-lhe: “Sim, muito.”
E foi assim que eu aprendi o poder da mentira piedosa. Em pleno Dia dos Namorados.

Wednesday, February 09, 2005

As desculpas não limpam o passado…



… mas sabe bem ouvir. Por mais tarde que seja. Hoje, o governo britânico pediu desculpa aos “McGuire Seven” e aos “Guilford Four”. Gerry Conlon foi a voz activa pela reposição da verdade. Não foi ele quem matou sete pessoas com uma bomba num pub de Londres em 1974. Não foi ele, nem foi o pai, Giuseppe Conlon. Foram condenados a prisão perpétua. Pensavam que eram do IRA e obrigaram-nos a confessar-se como tal sem nunca o serem. Até à morte do pai, Gerry deixou-se levar pela vida na prisão. Mas quando Giuseppe morreu, o filho nunca mais se calou… em nome do pai.

Se por acaso a história vos parece familiar, pois bem, é ela que serve de base ao argumento do filme “Em Nome do Pai” de Jim Sheridan de 1993 com Daniel Day Lewis no papel principal. Na pele de Gerry Conlon. Ao longo de 15 anos, este homem injustiçado esteve preso e viu o pai morrer, doente, numa cela de prisão. Inocente. Hoje, Tony Blair falou à nação e pediu desculpa. “Desculpem… foi um erro da justiça britânica”. Ainda assim, nada apaga a história.



In The Name Of the Father (Bono Vox, Gavin Friday, Maurice Seezer)
In the name of a father
And his wife the spirit
You said you did not
They said you did it

In the name of justice
In the name of fun
In the name of the father
In the name of the son

Tuesday, February 08, 2005

Coisa feia, a inveja...

Há autores dos quais eu gosto muito. Escrevem com perícia. Transportam-me para outros lugares. Apresentam-me personagens com densidade digna da mais interessante das pessoas reais. E depois há os outros. Aqueles que são de tal maneira perfeitos naquilo que fazem me sugerem uma relação de amor-ódio. Por um lado, escrevem textos que me marcam para a vida. Por outro, fazem-me sentir uma profunda e mesquinha inveja. Conseguiram transpor exemplarmente para palavras aquilo que no meu cérebro eram meros borrões e gatafunhos aos quais eu não conseguia dar forma.
Um desses casos é o Miguel Esteves Cardoso. Não o d'«O Amor É Fodido», livro girinho mas sobrevalorizado por chocar as velhinhas que passavam na montra da Bertrand. O MEC d'«A Causa das Coisas», d'«As Minhas Aventuras na República Portuguesa» e, especialmente, de «Os Meus Problemas» livro de 1988 que quase não apresenta rugas.
Li «Os Meus Problemas» pela primeira vez quando tinha uns 12 ou 13 anos. A conselho da minha irmã, nove anos minha sénior. Trouxe uma edição mal-tratada da Biblioteca de Sintra. Olhando para trás acho que não percebi grande parte, mas logo ali o humor e a genialidade me deram vontade de continuar a ler e de começar a escrever.
O ano passado, reencontrei «Os Meus Problemas». Estava à minha espera, por oito euros, numa feira de livros usados na Baixa. Ao relê-lo, entrou directamente para o topo da minha lista de livros preferidos. Em vez de me pôr para aqui a tentar explicar o porquê, deixo-vos um excerto de "Amores Declarados". À pala deste texto, acho que se encontrar o MEC na rua não vou saber se lhe hei de dar um abraço ou um calduço.

«Fazer um registo de propriedade é chato e difícil, mas fazer uma declaração de amor é ainda pior. Ninguém sabe como. Não há minuta. Não há sequer um despachante ao qual o premente assunto se possa entregar. As declarações de amor têm de ser feitas pelo próprio. A experiência não serve de nada - por muitas declarações que já se tenham feito, cada uma é completamente diferente das anteriores. No amor, aliás, a experiência só demonstra uma coisa: que não tem nada que estar a demonstrar coisíssima nenhuma.
É verdade - começa-se sempre do zero. Cada vez que uma pessoa se apaixona, regressa à suprema inocência, inépcia e barbárie da puberdade. Sobem-nos as bainhas das calças nas pernas e quando damos por nós estamos de calções. A experiência não serve de nada na luta contra o fogo do amor. Imaginem-se duas pessoas apanhadas no meio de um incêndio, sem poderem fugir, e veja-se o sentido que faria uma delas virar-se para a outra e dizer: 'Ouve lá, tu que tens experiência de queimaduras do primeiro grau...'.
Pode ter-se setenta anos. Mas no dia em que o peito sacode com as aurículas a brincar aos carrinhos-de- choque com os ventrículos, Deus Nosso Senhor carrega no grande botão CLEAR que mandou pôr na consola consoladora das nossos corações. Esquece-se tudo. Que garfo usar com o peixe. Que flores comprar. Que palavras dizer. Que gravata com que raio de casaco hei de usar? Sabe-se nada. Nicles.»


Monday, February 07, 2005

E o candidato a filme da minha vida é… Adeus Lenine!



Ainda estou a flutuar à conta de “Adeus Lenine!”. Vi este filme alemão no fim de semana e acho que consigo articular muito pouco. Amor de mãe. Amor de filho. Não há revoluções injustas mas há muita injustiça depois da revolução. Esta história de um filho com espírito revolucionário que quase provoca a morte sem o querer tocou-me. Alexander… Alex… herói da revolução.

Quando confrontado com o coma da mãe dias antes do final da República Democrática Alemã, ele muda com os ventos de Oeste porque a isso é obrigado. Oito meses depois da revolução, a mãe acorda com uma linha de vida muito ténue. É preciso mantê-la. Então começa a odisseia de Alexander que consegue criar num quarto toda a RDA já esquecida e engolida pelos valores do Ocidente depois da queda do Muro da Vergonha em Berlim, facto histórico que a mãe desconhece.

A mentira torna-se realidade para ele, para ela e para a família que passa a viver num país que afinal criou a Coca-Cola, acolhe refugiados do Oeste e é governado por um antigo cosmonauta que decide abrir as fronteiras e unificar a Alemanha. Em plena campanha eleitoral no meu país, gostava que alguém me criasse um Portugal diferente à escala do meu quarto só para ser um bocadinho mais feliz.

Friday, February 04, 2005

Hoje estou num daqueles dias… parte II



Odeio Carnaval. Hoje levei com um balão de água no Parque Eduardo VII. Em cheio na perna. Detesto Carnaval. São de tortura os 4 dias que se avizinham. Há que respeitar quem gosta de se mascarar, ouvir e dançar samba e ficar todo o fim de semana colado no GNT à espera de ver meninas brasileiras de … e atenção, ler o que se segue com sotaque do Brasil… “bundinha gostosa e mamocas de fora.”

Não. Não estou depressiva nem me incomoda tanta alegria. Só não gosto do Carnaval… Como não gosto do dia internacional da mulher, por exemplo. Como não gosto de canja e sumo de maracujá. Banda Sonora por estes dias: “Sandinista” dos Clash. Volume no máximo.

Hoje é um daqueles dias…



É um daqueles dias em que nã me apetece fazer nada. Ficar, preguiçar por aí. Às vezes, também faz falta. Por um cd aos altos berros na aparelhagem do quarto e ficar a olhar para o tecto. De cabeça vazia. Ficar só… ficar. Ficar à espera do fim de semana e deixar qualquer coisa para fazer no domingo à tarde, esse dia inglório de pasmaceira imposta. Ai que preguiça! Banda sonora por estes dias … “12 Memories” dos Travis. Para ouvir bem alto.

Thursday, February 03, 2005

Dinheirinho bem gasto

"If there´s one thing I learned, it´s that if you want to interrupt the President of the most powerful nation in the world while he´s delivering his inaugural address, it´s going to cost you about $25".

Jeremiah Jenkins, estudante de Harvard que apupou alto e bom som o discurso de início de mandato de George W. Bush e foi preso por conduta desordeira. Ficou preso durante uma noite e pagou uma fiança de 25 dólares, aproximadamente o mesmo em Euros.

Vira o disco e toca o mesmo… parte II




Ok. Confesso-me! Para além do pecado da preguiça, sofro com o pecado da inveja… bom, não é bem assim pois da SR só tenho a dizer bem. O que é certo é que também eu quero fazer a minha lista de versões, covers, re-interpretações, recuperações, etc, etc, etc. Lá está, inveja da criatividade da SR que tem sempre as melhores ideias. A juntar às excelentes escolhas da minha companheira de blogosfera, junto agora as minhas versões favoritas.

Jeff Buckley “Halellujah” (original de Leonard Cohen)
Duran Duran “White Lines” (original dosGrandmaster Flash)
Tricky “Black Steel” (original dosPublic Enemy)
The Cult “Born To Be Wild” (original dos Steppenwolf)
U2 “Beat On The Bratt” (original dos Ramones)
Duran Duran “Success” (original de David Bowie)
Hole “Shadow Of A Woman” (original de Stevie Nicks)
Nine Inch Nails “Dead Souls” (original dos Joy Division)
Bono Vox e Gavin Friday “Children Of The Revolution” (original dos T-Rex)
Sleeper “Atomic” (original dos Blondie)
Mike Flowers Pop “Light My Fire” (original dos The Doors)
Kate Bush “Rocket Man” (original de Elton John)
Coldplay “ Lips Like Sugar” (original dos Echo And The Bunnymen)
Feeder “The Power Of Love” (original dos Frankie Goes To Hollywood)
Starsailor “ All Or Nothing” (original dos Small Faces)
Johny Cash “Hurt” (original dos Nine Inch Nails)

Wednesday, February 02, 2005

O amor é como um bonsai...



O bonsai é dos fenómeno naturais que mais me fascina. Uma árvore em ponto pequeno. Uma árvore aprisionada num vaso com crescimento controlado. Bom, o amor não tem crescimento condicionado mas exige muita dedicação. Tal como o bonsai. Quanto melhor o tratamos, mais ele dura. Mais ele resiste aos cortes que se têm de fazer na pequena árvore para crescer da melhor forma. No amor fazemos cedências. Depois, para manter a árvore viva, rega-se dia sim, dia não, muda-se a terra de dois em dois anos e dá-se vitaminas de dois em dois meses. Nos relacionamentos é preciso vitaminar tudo, todos os dias. Dá trabalho e não se pode ser preguiçoso. Mas às vezes é-se e o bonsai murcha um bocadinho.

Tuesday, February 01, 2005

Vira o disco e toca o mesmo



Durante alguns anos, remeti as covers para um cantinho menosprezado de simples versões desinspiradas. Achava-as um mau exemplo de Preguiça, esse pecado que me é tão grato. A falta de inspiração para compor um tema original levava um artista ou banda a ir buscar a fórmula testadíssima por outra pobre alma e andar descaradamente às suas cavalitas. Com o passar do tempo e dos CDs e das horas de escuta de rádio, mudei radicalmente de opinião. Hoje em dia gosto mesmo de coleccionar versões. De ver como há artistas que pegam num tema que parece cristalizado e brincam com ele como se fosse plasticina. Apropriam-se dele. São uns okupas. Há mesmo casos em que a versão em cover passa a ser o meu original, pois suplanta de tal forma a sua predecessora que mais vale ignorar que esta alguma vez existiu. Depois de muito partir a cabeça (o que, como devem calcular, dói muito porque me tira das delícias da preguiça mental), juntei uma lista de 25 versões de que gosto particularmente. Por certo que me esqueci pelo menos de outras 25. E quem tenha por aí versões para a troca, agradeço. As covers são as minhas colecções de autocolantes.

Flunk “Blue Monday” (original dos New Order)
Pet Shop Boys “Always On My Mind” (original de Elvis Prestley)
U2 “Everlasting Love” (original de Robert Knight)
Placebo “Big Mouth Strikes Again” (original dos Smiths)
Joss Stone “Feel In love With A Boy” (original dos White Stripes)
Rammstein “Stripped” (original dos Depeche Mode)
Fatboy Slim “The Joker” (original de Nils Lindberg)
Reel Big Fish “Hungry Like The Wolf” (original dos Duran Duran)
Pete Yorn “I Wanna Be Your Boyfriend “(original dos Ramones)
Pearl Jam “Keep On Rockin’ In A Free World” (original de Neil Young)
Michael Hutchence “The Passenger” (original de Iggy Pop)
Marilyn Manson “Tainted Love” (original dos Soft Cell)
John Cale “Hallelujah” (original de Leonard Cohen)
Mike Flowers Pop “Wonderwall” (original dos Oasis)
Travis “Baby One More Time” (original de Britney Spears)
Nirvana “The Man That Sold The World” (original de David Bowie)
Stereophonics “Nothing Compares To U” (original de Sinead O´Connor)
Badly Drawn Boy with Jools Holland and his Rhythm & Blues Orchestra “Come on Eileen” (original dos Dexy’s Midnight Runners)
Neneh Cherry “I’ve Got You Under My Skin” (original de Frank Sinatra)
Johny Cash “Personal Jesus” (original dos Depeche Mode)
Manic Street Preachers “Can´t Take My Eyes Off Of You” (original de Eddie Arnold)
Presidents Of The United States “Video Killed The Radio Star” (original dos Bungles)
Limp Bizkit “Faith” (original de George Michael)
Catpower “Come As You Are” (original dos Nirvana)
Tom Jones & The Cardigans “Burning Down The House” (original dos Talking Heads)